Rede Amazonizar realiza encontro em combate à intolerância religiosa na Amazônia

Serão três dias de encontro (Reprodução/Pexels)
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – Com o objetivo de promover o combate à intolerância religiosa e chamar a atenção do governo e da sociedade em geral para os problemas da Região Amazônica, a Rede Ecumênica Amazonizar vai realizar, de 24 a 26 de março, um encontro inter-religioso, juntamente com os povos tradicionais e originários da região. A programação será no Palacete Provincial, localizado na Praça Heliodoro Balbi, Centro de Manaus, a partir das 19 horas.

Segundo o integrante da Amazonizar e professor Iuri Lima, a agenda vai resultar na elaboração de um texto com pontuações relevantes sobre a pauta e entregue às autoridades competentes. “Será elaborado uma Carta pela Amazônia, onde, conjuntamente, chamaremos tanto o governo federal quanto o estadual para uma atenção para os problemas em nossa Região Amazônica, o cuidado com o meio ambiente e também o combate à intolerância religiosa entre a igreja cristã, demais religiões e movimento indígena da Amazônia”, conta Iuri.

Para o integrante da Rede, a importância do diálogo ecumênico e inter-religioso, juntamente com os povos tradicionais e originários, como Rede de apoio, é crucial no combate à intolerância religiosa, no zelo voltado para Amazônia, e não pode ser menosprezada. O professor ressalta a potência da união e interação da diversidade religiosa existente em território amazônico.

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É a primeira vez que o evento será realizado (Divulgação)

“A Região Amazônica abriga uma diversidade de culturas e religiões, incluindo várias tradições espirituais, indígenas, afro-descendentes, cristãs, judaicas, islâmicas, dentre outras. No entanto, essa diversidade, às vezes, pode levar à intolerância religiosa e a conflitos. Para combater isso, o diálogo ecumênico e inter-religioso desempenha um papel crucial na promoção da compreensão, respeito e coexistência pacífica entre diferentes comunidades de fé“, diz Iuri.

Segundo o integrante, o evento terá, ainda, a participação especial da Iniciativa Inter-religiosa pela Preservação das Florestas Tropicais da ONU, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e da Articulação dos Povos Indígenas do Amazonas (Apiam).

Na leitura do professor, o diálogo entre os adeptos das diferentes formas de professar a fé auxilia em relação à quebra do preconceito, na abordagem das pautas sociais e até mesmo nas questões ambientais.

“Pessoas de diferentes religiões podem aprender umas com as outras, compartilhar suas crenças e práticas e encontrar pontos em comum. Isso pode ajudar a quebrar estereótipos e equívocos que levam à intolerância e à discriminação. Além disso, trabalhando juntos, pessoas de diferentes comunidades religiosas podem abordar questões sociais e ambientais que afetam a Região Amazônica, como desmatamento, mudança climática e abusos dos direitos humanos“, explica.

Aos que desejam participar do evento gratuito podem efetuar a inscrição neste link. Além de lideranças religiosas e sociais, a programação terá professores e estudantes da rede pública municipal e estadual e acadêmicos. “Toda a comunidade amazonense é ‘convidade’ para esse momento de diálogo e partilha que ocorre em nosso chão amazônico” destaca.

Rede Ecumênica Amazonizar iniciou atividades na cidade de Manaus em 2018 (Divulgação)

Rede Ecumênica Amazonizar

Conforme o professor, a Rede Ecumênica Amazonizar iniciou atividades, na cidade de Manaus, em 2018, por conta da Semana de Oração pela Unidade Cristã, quando membros e representantes de comunidades cristãs locais decidiram se aproximar e reunir para rezar pela unidade e também pela ecologia integral.

A partir deste ano, há uma caminhada conjunta, ecumênica, de oração, partilha e ações sociais composta por lideranças das organizações: Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Ortodoxa da Galia-Fraternidade São Nicolau, Igreja Católica Apostólica Romana, Rede um Grito pela Vida, Faculdade Católica do Amazonas, Movimento Focolares, Fraternidade Amigos do Evangelho, além da Associação de Mulheres Indígenas do alto Rio Negro.

O encontro conta com o apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), da Secretaria de Cultura e do Governo do Estado do Amazonas.

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