Rio Negro se mantém estável em Manaus; subida é prevista para novembro, aponta pesquisadora

Cenário de seca na orla da cidade (Reprodução/Grazi Praia @grazipraia)
Filipe Távora – Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS (AM) – A subida dos rios no Amazonas deve ocorrer em novembro graças ao período de chuvas previsto para esse mês, segundo informou a pesquisadora Jussara Cury, do Serviço Geológico do Brasil (SGB), à REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA, nesta sexta-feira, 27. Ela comentou sobre o assunto dentro do contexto de estabilidade de descida do rio, que ocorreu hoje, conforme dados do Porto de Manaus.

O Rio Negro deve voltar a subir na próxima semana, ainda conforme Cury. A cota do Rio Negro desta sexta-feira permaneceu a mesma da registrada na quinta-feira, 26, ou seja: 12,70 metros, segundo dados registrados no site do Porto de Manaus.

Seca registrada na Zona Sul de Manaus (Grazi Praia/Reprodução)

O nível do rio havia descido de forma crescente durante o mês de outubro. No dia 1°, o registro foi de 15,46 metros. O número abaixou até chegar no valor de 12,70 metros na quinta-feira. No dia 16, o Rio Negro alcançou a marca de 13,59 metros e a seca de 2023 já é a pior da história em Manaus.

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Estabilidade

Segundo Cury, outros rios também voltaram a apresentar acréscimo de volume de água. “O Alto Solimões voltou a subir na semana passada, de forma considerável. Essas águas começaram a chegar, de certa forma, na parte média da calha na região de Coari, subindo uma média diária de sete centímetros”, afirmou.

Ainda de acordo com a pesquisadora, as águas do município de Manacapuru (distante 68 quilômetros em linha reta de Manaus) também apresentaram estabilidade. Por outro lado, Cury afirmou que esse fenômeno ainda é um processo sob observação.

Porto de Manaus totalmente acima do nível da água (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium Amazônia)

“A estabilidade das descidas vai acontecer, provavelmente, até a próxima semana, para o rio voltar a subir”, disse. O retorno da subida das águas, conforme Cury, depende do retorno das chuvas.

Leia mais: Seca no Rio Negro: pesquisador mostra como aquecimento global impacta a região
Editado por Jefferson Ramos
Revisado por Adriana Gonzaga
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