Roraima vai receber importação do abastecimento de energia da Venezuela

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou documento que permite a retomada das obras do Linhão de Tucuruí (Ricardo Botelho/MME)
Winicyus Gonçalves – Da Revista Cenarium Amazônia

BOA VISTA (RR) – O governo federal publicou o decreto no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 7, que autoriza o Brasil a voltar a comprar energia da Venezuela. O documento informa que passa a vigorar mediante aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além do cumprimento das medidas e ações necessárias que garantam a operação segura, bem como o suprimento do sistema isolado que será atendido.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), havia autorizado a importação da energia do País vizinho para abastecer Roraima.

“O decreto vai permitir realizar contratos para trazer energia limpa e renovável da Venezuela, da usina de Guri, que volta a ter um papel importante para garantir energia barata e sustentável para Roraima e para o Brasil”, destacou o presidente

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Na última sexta-feira, 4, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em Parintins, no Amazonas, deu a ordem de que irá conectar Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

“Mais de 50 mil pessoas beneficiadas. É substituição de termelétricas a diesel por energia limpa e renovável. A conta de luz vai baixar. Vamos economizar mais de R$ 1 bilhão por ano”, afirmou Silveira.

Usina hidrelétrica de Guri irá fornecer energia para Roraima (Prensa/Miraflores)

Como informa o governo federal, vai ocorrer o investimento de R$ 2,6 bilhões nas obras, que vão substituir usinas termelétricas e garantir energia confiável, limpa e renovável. Atualmente, Roraima é o único Estado, dentre as 27 Unidades da Federação (UFs), que está isolado do sistema.

Os moradores de Boa Vista e cidades próximas dependem de usinas termelétricas movidas a óleo diesel, gás natural, biomassa e uma pequena central hidrelétrica. A linha de transmissão que será direcionada à capital é continuidade do sistema que atravessa boa parte do Pará e Amazonas. Assim, a expectativa é que ocorra a geração de cerca de 11 mil empregos com as obras. A previsão de conclusão é em setembro de 2025.

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