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Servidor do Ibama é preso acusado de vazar operações para garimpeiros no Pará
Prisão foi efetuada em Itaituba, sudoeste paraense (Vinícius Mendonça/Ibama)
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17 de novembro de 2023
Daleth Oliveira – Da Revista Cenarium Amazônia
BELÉM (PA) – A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira, 17, um funcionário público temporário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acusado de vazar informações sobre operações de combate ao desmatamento e garimpo ilegal no Pará. O mandado de busca e apreensão foi cumprido em Itaituba, no sudoeste paraense, expedido pela Justiça Federal.
Segundo apuração da PF, o suspeito fornecia informações privilegiadas a grupos de garimpeiros, antecipando detalhes sobre operações ambientais planejadas ou em andamento. O vazamento comprometia, significativamente, o trabalho do Ibama e de outras entidades envolvidas em operações conjuntas de combate a crimes ambientais.
A PF não divulgou a identidade do acusado, porém, informou que ele integrava a equipe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).
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O início da investigação ocorreu após denúncia, que apresentou indícios suficientes para a busca e apreensão contra o suspeito, além de outras medidas cautelares, como o afastamento do servidor de suas funções.
Porte ilegal
Durante a operação de busca, os policiais encontraram uma arma de fogo, resultando na prisão em flagrante do indivíduo por posse ilegal de arma. Ele foi encaminhado à Polícia Civil do Pará (PC-PR)para as providências legais.
Em nota, a PF declarou que a operação destaca o empenho da instituição “no combate ao crime e na desarticulação de redes criminosas que atuam contra a preservação ambiental”.
Área crítica
A área afetada pelos vazamentos é crítica e historicamente acumula conflitos com servidores do Ibama e garimpeiros. Localizada no Baixo Tapajós, ela é a principal região de extração ilegal de ouro no Brasil.
Em agosto, garimpeiros convocaram protesto em frente à sede do órgão de fiscalização, em Itaituba, após um garimpeiro ter morrido baleado por agentes do órgão ambiental durante fiscalização contra garimpo ilegal na Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós.
O garimpo ilegal foi apontado, em laudo recente da PF, como a principal causa da poluição do Rio Tapajós, que teve suas águas cristalinas invadidas por grande quantidade de lama. Em janeiro de 2022, a mudança da cor da água ocorreu até em Alter do Chão, em Santarém.
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