Sinais da crise: Lula defende novo Bolsa Família e Pacheco busca consenso sobre ICMS

O ex-presidente Lula e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Arte: Ygor Fabio Barbosa)
Via Brasília – Da Cenarium

Auxílio turbinado

A defesa pública feita pelo ex-presidente Lula do valor de R$ 600 para o novo auxílio criado por Bolsonaro faz parte da estratégia do PT para enfrentar os ganhos eleitorais que o presidente possa ter com a ação. A ordem no partido é defender, no Congresso, o PL do Novo Bolsa Família, apresentado por deputados petistas no ano passado com o mesmo valor de R$ 600 proposto por Lula. Deputados do partido argumentam que Bolsonaro quer extinguir o programa criado por Lula há 18 anos – e aperfeiçoado desde então – por um auxílio eleitoreiro, sem efeitos estruturais e cuja conta vai ficar para o próximo governo.

Insegurança alimentar

“Como que no momento que o Brasil atinge o pior índice de insegurança alimentar desde 2004 o governo põe fim ao Bolsa Família? Um programa mundialmente reconhecido não pode ser trocado por uma ação eleitoreira”, tuitou o deputado Ênio Verri (PT-PR) e retuitou o líder da bancada, Bohn Gass (PT-RS). Na 16ª Plenária da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Lula minimizou o efeito eleitoral do Auxílio Brasil. “A gente vai ganhar. Bolsonaro pode dar R$ 600, R$ 700, R$ 800”, disse o ex-presidente.

Proposta aos governadores

A reunião de governadores com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), rendeu uma proposta de que os chefes do Executivo marquem um encontro com executivos da Petrobras para discutir a política de preços da estatal. Também demonstraram preferência por uma proposta de fundo de suavização dos preços do que a ideia de modificar o ICMS dos combustíveis, que pode ter impacto na arrecadação dos Estados.

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Tramitação lenta

O texto que chegou ao Senado não deve ter tramitação célere e vai passar por outras comissões antes de ser enviado ao Plenário – especialmente agora que cada vez mais se cria um clima pré-eleitoral. Governadores elogiaram a disposição de Pacheco pelo debate e fizeram questão de frisar que não tiveram o mesmo espaço de acolhida pela Câmara.

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