“Eu acredito que na Câmara Municipal, essa semana, nós conseguiremos as assinaturas possíveis e suficientes, que seriam 14“, disse o vereador, acrescentando que a comissão deve ser imparcial. “A CPI é extremamente importante porque vai ser pautada dentro da imparcialidade“.
Já assinaram o próprio Carpê, William Alemão (Cidadania), Rodrigo Guedes (Podemos), Thaysa Lippy (PP), Lissandro Breval (Avante), Diego Afonso (União Brasil), Everton Assis (União Brasil) e Professora Jacqueline (União Brasil).
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O vereador afirmou também que é dever moral da CMM apurar a relação da Semcom com o Portal Abutre. “Eu acho que a Câmara Municipal precisa, ela tem esse dever de abrir a CPI porque não podemos normalizar que dentro de uma secretaria da Prefeitura, alguém esteja recebendo pagamento em dinheiro vivo“, declarou.
Na avaliação dos parlamentares, a denúncia caracteriza possíveis atos de improbidade administrativa e crimes decorrentes de suposto desvio de verbas públicas, em razão de pagamento em espécie aos possíveis prestadores de serviços.
Recebimento de dinheiro
A CPI vai apurar o pagamento, em dinheiro, da Semcom ao site “O Abutre”, conforme vídeo divulgado pelo portal Metrópoles no dia 14 de março. As imagens mostram um homem, identificado posteriormente como Arthur Catão, abrindo um envelope com dinheiro em espécie em um banheiro apontado como sendo dentro da Prefeitura de Manaus, localizada no bairro Compensa, Zona Oeste da capital amazonense.
Após a divulgação do material, o secretário da Semcom, Israel Conte, prestou esclarecimentos na CMM sobre o vídeo gravado dentro da Semcom por Arthur Catão e afirmou que a gravação se tratava de uma farsa. Ele mostrou um laudo elaborado pela empresa Smart Perícias, que apontou indícios de manipulação das imagens.
Por outro lado, conforme mostrou a REVISTA CENARIUM, com exclusividade, na sexta-feira, 22, o advogado Fabrício Leandro Gomes da Silva, que acompanhou o cliente dele, Arthur Catão, na Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor/AM), afirmou que o vídeo é legítimo.
“O vídeo não é manipulado. O vídeo é legítimo. A gente só vai esclarecer nos autos. Vamos falar para a autoridade policial. Agora, vai haver a investigação para saber as circunstâncias”, declarou o advogado de Arthur.
Questionado ainda se Arthur Catão recebeu vantagem para gravar o vídeo na sede da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), o advogado negou que ele tenha recebido proveito econômico.
Arthur chegou à Deccor às 9h e prestou depoimento na delegacia até as 12h. Na saída, a CENARIUM o questionou sobre a legitimidade da gravação do vídeo dentro da Semcom e a data em que foi feita a filmagem. Ele disse que só vai falar à polícia e não respondeu às perguntas da reportagem.
Editado por Marcela Leiros Revisado por Gustavo Gilona
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