Vereadores aceitam denúncia e prefeito de Borba pode ser cassado
Prefeito de Borba, Simão Peixoto (Reprodução/Internet)
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20 de junho de 2023
Eduardo Figueiredo – Da Revista Cenarium
MANAUS – Vereadores da Câmara Municipal de Borba (distante 149 quilômetros da capital do Amazonas) aceitaram a denúncia de quebra de decoro em ação popular contra o prefeito Simão Peixoto (Progressistas), por sete votos, nessa segunda-feira, 19. Peixoto está preso desde o último dia 29, por desvio de R$ 29 milhões em fraudes de licitações.
A comissão processante que vai apurar as denúncias contra o prefeito será presidida pela vereadora enfermeira Tatiana Franco, o relator será o vereador Pedro Paz e o secretário será o vereador Edilson Batista. A presidente da comissão já foi ameaçada pelo prefeito, em 2022. Na ocasião, ele ameaçou “dar uma ripada” (ato de agredir com um pedaço de madeira) na vereadora.
“É um momento ímpar para o município e nessa caminhada a gente precisa de uma assessoria jurídica. A gente está aqui para fazer todo desenvolvimento do processo de acordo com o que manda a lei, e a gente vai estar aí somando todos os votos para que tudo transcorra com maior transparência possível”, disse a relatora.
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“Esse processo de cassação por quebra de decoro é marco na história política de Borba. Portanto, há uma complexidade muito grande no desenrolar dos trabalhos, por isso é importante que venha imediatamente essa assessoria (jurídica) para dar esse suporte”, acrescentou o relator Edilson Batista.
Simão Peixoto é envolvido em diversas polêmicas. Na trajetória do prefeito constam episódios como a luta de MMA contra um ex-vereador de Borba, o ataque ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), o deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil), durante campanha eleitoral, e a suspeita de improbidade administrativa.
Prisão
Simão Peixoto se entregou no último dia 29 de maio, na sede do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), na avenida Brasil, bairro Compensa, Zona Oeste da capital amazonense. O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) pediu a prisão preventiva do prefeito Simão e de outras dez pessoas ligadas a ele, incluindo familiares e servidores da prefeitura.
O prefeito foi alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), por desvio de R$ 29 milhões em fraudes de licitações.
Os envolvidos são investigados por associação criminosa, fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva realizadas por meio da prefeitura de Borba, tendo Simão Peixoto como chefe da organização.
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