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Câmara de Manaus recorre para construir anexo de R$ 32 milhões
Vereador David Reis aguarda decisão da Justiça para se manifestar sobre o assunto (Robervaldo Rocha – Dircom/CMM)
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23 de setembro de 2021
Bruno Pacheco – Da Cenarium
MANAUS – O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis (Avante), recorreu, nesta quinta-feira, 23, da decisão da Justiça do Amazonas que determinava a suspensão da licitação para a construção do Anexo II da Casa Legislativa, no valor de R$ 32 milhões. A informação foi divulgada pelo vereador Amom Mandel (sem partido) e confirmada pela CENARIUM.
Em uma publicação nas redes sociais, o vereador Amom Mandel declarou que uma nova ação com outros fundamentos está sendo preparada para barrar a ação movida pelo presidente da CMM.
“A Câmara Municipal de Manaus acabou de recorrer da decisão que suspendeu o puxadinho. Já estamos trabalhando nisso e, inclusive, preparando uma nova ação com outros fundamentos. Enquanto o sistema permitir que defendamos à vontade popular, não vou desistir”, declarou Amom, em uma publicação nas redes sociais.
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No Twitter, o vereador Rodrigo Guedes (PSC) compartilhou o agravo de instrumento com pedido de atribuição de efeito suspensivo impetrado na Justiça pelo presidente da CMM. Na publicação, Guedes chama a ação de “imoralidade”.
“Urgente!! Presidente da Câmara Municipal de Manaus, David Reis, acabou de recorrer da decisão da Justiça que eu e o vereador @eusouamon conseguimos que impediu a construção do puxadinho de R$ 32 milhões na CMM. Vamos continuar nossa batalha judicial para impedir essa imoralidade.
Puxadinho
Apelidado de “puxadinho” pelos próprios vereadores de Manaus, a obra para o novo prédio é considerada de luxo, isso porque a planta para construção do anexo previa quatro andares e 51 salas para acolher os parlamentares nos próximos 20 anos. Ao justificar o projeto, Reis alegou um futuro aumento no número de parlamentares na CMM, ocasionado pelo aumento populacional da cidade.
A construção foi barrada na semana passada em decisão deferida pelo juiz Marcelo da Costa Vieira, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que atendeu ao pedido ajuizado pelos vereadores Rodrigo Guedes e Amom Mandel contra a realização da obra.
Guedes e Amom chegaram a afirmar, em coletiva de imprensa na última quinta-feira, 16, que a licitação da construção do “puxadinho” apresentava erros que podem representar ilegalidades. Para os parlamentares, a justificativa do vereador David Reis sobre o aumento populacional era “insustentável”.
A CENARIUMprocurou o vereador David Reis, por meio da assessoria de comunicação, solicitando informações sobre a iniciativa. Em resposta, a assessoria declarou que o presidente da CMM já se pronunciou anteriormente sobre o caso, em nota divulgada na última segunda-feira, 23, e que só vai se manifestar novamente após o resultado da ação judicial.
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