Candidato à Presidência, Ciro Gomes defende caça na Amazônia como alternativa de emprego e renda

O candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT) (Divulgação)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

BRASÍLIA – O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) defendeu, nesta terça-feira, 6, o manejo da caça e da pesca na Amazônia como opções de emprego e renda na região. A declaração foi feita durante entrevista ao projeto “Propostas para a Amazônia”, do Grupo Liberal, no Pará.

Segundo Gomes, é preciso despertar, no jovem da Amazônia, vocações e ferramentas para investimentos como em turismo, por exemplo. A caça e a pesca “bem manejadas” são, de acordo com o candidato, algumas dessas opções para atrair turistas.

“Há uma imensa curiosidade do mundo com relação ao turismo, mas é preciso planejar a malha aeroviária do Brasil com o estrangeiro, é preciso qualificar a estrutura de receptivo, em alguns lugares onde há densidade para conhecer a floresta, para manejar. A própria pesca e a própria caça, de forma regulada, bem manejada, também pode ser alternativas muito importantes”, afirmou.

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Preservação e economia

Gomes também afirmou que é possível desenvolver a Amazônia e, ao mesmo tempo, dar uma resposta para o mundo quando o assunto é preservação ambiental. Ele cita a estratégia de zoneamento econômico-ecológico que seria decidido com a inteligência científica, acadêmica e com a liderança comunitária, política e dos povos tradicionais da Amazônia.

“Não podemos escolher entre produzir e preservar. É uma reflexão técnica e teórica que faço e que me dá autoridade moral de quem conhece com grande intimidade, sem ser daí da região, mas que tem curiosidade e respeito. Mas a grande questão aqui é que sim, nós podemos desenvolver a Amazônia e termos, ao mesmo tempo, uma excelente, modelar e exemplar resposta para o mundo, que se preocupa com a sustentação ambiental, com a descarbonização da economia, com o protocolos que o Brasil assinou em Kioto e renovou em Paris”, disse.

“O zoneamento econômico-ecológico validado no território, em audiência com a inteligência qualificada, o [Museu Paraense] Emílio Goeldi, que eu visito aí no Pará, o Inpa, no Amazonas, as universidades, têm um estoque de respostas práticas que compreende essas especificidades. Aí você zoneia: aqui pode e aqui não pode [ser explorado]”, acrescentou o candidato.

Ciro Gomes ainda afirmou que o Brasil tem capacidade, como nenhuma outra nação no mundo, de liderar e não de ser, hoje, uma “espécie de pária internacional” quando o assunto é meio ambiente. “A gente faz isso banindo a mitologia neoliberal, que tem a premissa de cada um por si. É o individualismo exacerbado”, criticou ainda.

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