MANAUS – A cantora indígena Djuena Tikuna anunciou nesse domingo, 3, o cancelamento da sua participação no #SouManaus – Passo a Paço, organizado pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), da Prefeitura de Manaus. A artista alegou que a organização do evento não cumpriu o acordado em live no mês de julho. Em nota, a Prefeitura afirmou que os valores do contrato foram previamente informados à cantora.
Em publicação nas redes sociais, Djuena lembrou que, no dia 20 de julho, sem nenhum contato anterior, foi convidada pelo presidente da Manauscult, Osvaldo Cardoso, durante transmissão ao vivo na rede social Instagram, para fazer um show na programação do festival, que acontece nos dias 5, 6 e 7 de setembro. Desde o convite, o órgão não fez mais contato.
Djuena contou ainda que enviou uma proposta de cachê no dia 4 de agosto, que só foi respondida no dia 24 do mesmo mês, após muita insistência da artista, informando que ela não foi convidada para uma apresentação musical, mas sim para uma roda de conversa.
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À REVISTA CENARIUMAMAZÔNIA, a cantora afirmou que nenhum valor foi informado ou combinado antes, ou após a transmissão ao vivo, e que a Manauscult alegou “economicidade” para não pagar o valor proposto por ela, que, atualmente, mora em São Luís, no Maranhão, e precisaria se deslocar com a banda para Manaus.
“Depois dessa proposta, eles responderam dizendo que tinham me convidado para uma roda de conversa”, disse ela à reportagem. “A gente avisou que não foi esse o convite, que foi um show, e eles falaram que o valor do nossa proposta estava acima do que eles podiam pagar, que queriam economizar. Como é que estão economizando em um evento que eles estão levando um monte de artistas internacionais?”
Por fim, a artista criticou o que chamou de falta de diversidade do #SouManaus. “Enquanto artista indígena que há quase duas décadas desenvolve um trabalho de valorização e de resistência cultural, eu repudio esse desrespeito da Manauscult não só comigo e minha música, mas com as centenas de artistas indígenas de Manaus que não foram contemplados nesse line-up de ‘milhões‘”, disse.
À reportagem, a Manascult afirmou que entrou em contato, por telefone, com a cantora indígena Djuena Tikuna para informar que seu portfólio estava entre os pré-selecionados para participar do evento, quando foram informados os valores máximo e mínimo dos cachês pagos aos artistas locais.
De acordo com a secretaria, após ela ter concordado em participar, foi feito um convite formal, por meio de transmissão ao vivo pelas redes sociais da Manauscult, mesmo procedimento realizado com os demais artistas.
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