Comitê de diversidade transforma mentalidade do mercado de trabalho; saiba como

Pesquisas apontam que ambientes mais inclusivos tornam colaboradores mais felizes. (Reprodução/ internet)

Com Informações do Portal IG

O mercado de trabalho já entendeu que diversidade e inclusão se tornaram pontos importantes para conseguir alcançar um ecossistema empresarial mais saudável e com mais oportunidades a todas as pessoas. Com o crescimento da cobrança por ambientes corporativos mais inclusivos e que abarquem pessoas diferentes, tem crescido o interesse e a procura pela criação de comitês de diversidade e inclusão, identificados também pela sigla D&I.

Diversas pesquisas e estudos já comprovaram que o impacto da implementação de políticas inclusivas é positivo, tanto para empresas quanto para colaboradores. Segundo uma pesquisa realizada em empresas da América Latina pela McKinsey, em 2020, funcionários de empresas que buscam ser mais diversas têm níveis muito maiores de colaboração e inovação.

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Ainda de acordo com a empresa de consultoria, há 64% mais chances das pessoas colaboradoras compartilharem mais ideias e terem melhores performances; e 152% mais chances de proporem ideias inovadoras e criarem soluções no dia a dia. Cerca de 63% dos funcionários se dizem mais felizes ao trabalhar em empresas inclusivas, contra 31% que afirmam o mesmo em empresas que não adotam políticas de diversidade.

Do ponto de vista das empresas, os dados apontam que, em empresas que pautem diversidade e inclusão, é 80% mais provável que os líderes passem uma imagem de confiança e de diálogo aos funcionários. Além disso, há 73% mais chances de que gestores trabalhem em prol do trabalho em equipe e de um processo colaborativo e justo.

Iara Pereira, coordenadora de projetos de D&I na Transcendemos Consultoria, explica que a demanda pela implementação de políticas de diversidade e inclusão cresceu tanto que, no último ano, houve um aumento significativo de vagas abertas para a posição de liderança no assunto. Além disso, Nilton Oliveira Gonçalves, diretor do projeto Egalas de inclusão e diversidade, explica que o consumidor está cada vez mais atento a isso e busca por serviços de empresas que praticam responsabilidade social.

O primeiro passo para isso é a mobilização para estruturar um comitê de diversidade e inclusão. “Ao ser constituído, ele deverá buscar a representatividade de boa parte da estrutura organizacional, em seus diversos departamentos, independente de cargo”, explica Nilton.

Como estruturar um comitê de diversidade e inclusão?

Criar um comitê de diversidade e inclusão em uma empresa não é receita de bolo. Iara conta que o caminho importante é conectar o máximo de estruturas possíveis aos valores e funcionamento da empresa.

Nilton afirma que o primeiro passo é pensar que o comitê deve representar setores diversos da empresa de forma que a representatividade seja sentida nas ações, agendas e estratégias criadas.

“Menos importante que um amplo entendimento inicial sobre a jornada de implantação da cultura da inclusão e diversidade, o que se busca nos membros que farão parte desta equipe é a crença de que este processo é necessário, e que agregará substancial valor à empresa”, aponta. “Sem assertividade no que está sendo realizado, o trabalho perde o sentido. As pessoas engajadas no início desistem e a transformação esperada não acontece”, acrescenta Iara.

Ela afirma que o comitê deve envolver profissionais das áreas de Recursos Humanos, Jurídico, Comercial, Comunicação, Marketing, entre outras que possam existir na empresa por dois motivos: com diversas participações, as estratégias serão mais certeiras e a implementação será mais integrada.

Habilidade diversa

“Imagine um programa de D&I em que o RH fala uma coisa e o Marketing outra? E se as pessoas da organização descobrem as atividades de D&I da empresa somente pelas redes sociais? Precisamos ter todas as pessoas da organização na mesma página, engajadas com um plano tático bem estruturado e capazes de compreender plenamente a sua importância para a continuidade do negócio”, indica.

Iara adverte que um comitê de diversidade não é o mesmo que um grupo de afinidade. A função de ambos é completamente diferente. O comitê é um grupo de pessoas com habilidades diversas que se responsabilizam pela transformação da mentalidade cultural de uma empresa.

“Esse grupo tem sido buscado porque, geralmente, trabalha na análise do cenário empresarial, na construção do plano tático de ações e no acompanhamento dos resultados alcançados”, diz.

Uma das possíveis ações é a criação do grupo de afinidade. “Este, geralmente, tem conexão com representatividade e aliados. Ou seja, essas pessoas estarão unidas para representar cada marcador social sub-representado e pessoas aliadas, que pensarão sugestões de manutenção das pautas no cotidiano da empresa”, diferencia Iara. A atuação do grupo de afinidade é importante e favorece a atuação do comitê. Leia a matéria completa no Portal IG.

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