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Desmatamento deixa igarapé Água Branca sujo de barro
A água limpa do Igarapé Água Branco ficou tomada por barro. (Reprodução/Instagram @aguabranca_)
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14 de março de 2024
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS (AM) – Localizado no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, e considerado o último igarapé limpo da cidade, o Água Branca tem sofrido com o desmatamento, que causa a poluição do curso d’água e traz riscos de impactos irreversíveis, como o assoreamento. O alerta foi feito pelo presidente da Organização Não Governamental (ING) Mata Viva, Jó Fernandes Farah, um dos responsáveis pela preservação do igarapé Água Branca.
Segundo Farah, o igarapé tem sofrido impactos de empresas como a Oliveira Energia, que tem lançado “toneladas de barro no leito do Igarapé“. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) foi acionada. A reportagem questionou sobre as medidas tomadas acerca da denúncia, e aguarda retorno.
“Chuva fraca, a água não deveria estar dessa cor. A água deveria estar bem clarinha, bem transparente, mas olha o resultado. Isso aqui é o desmatamento que foi feito lá na nascente, que nós já pedimos à Semmas para que o proprietário mitigue os danos, retire o barro da nascente, para que faça uma contenção para que o barro não continue caindo para dentro, mas parece que até o momento nada foi feito”, disse Farah em um vídeo publicado no Instagram.
“Outro problema muito grande é o desmatamento que tem ao lado da empresa Oliveira Energia, que também já foi embargada. Também já pedimos para que o proprietário mitigue os danos porque desmatou até dentro da nascente“, disse. “Se continuar descendo essa quantidade de barro, agora que o período de chuva está chegando, o igarapé vai ficar assoreado completamente“
A CENARIUM mostrou que o igarapé Água Branca é uma das nascentes que formam o Igarapé Tarumã-Açu. Jó Farah é dono do terreno por onde o pequeno rio deságua e cuida de inúmeras micronascentes no local há mais de 20 anos.
O igarapé, que nasce nas matas protegidas do Aeroporto Eduardo Gomes e vai até a Cachoeira Alta, no Tarumã, tem mais de 7 km de extensão e faz parte da lista de Áreas de Preservação Permanente (APPs) que, segundo o Novo Código Florestal Brasileiro, Lei n.º 12.651/12, são áreas protegidas que buscam preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, proteção do solo e assegurar o bem-estar das populações humanas que vivem no entorno.
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