Início » Meio Ambiente » Em RO, julho teve mais queimadas que em todo o primeiro semestre, revela Inpe; agosto segue mesma tendência
Em RO, julho teve mais queimadas que em todo o primeiro semestre, revela Inpe; agosto segue mesma tendência
Só a primeira semana de agosto equivale a tudo o que foi queimado, em Rondônia, dois meses atrás, com a diferença de apenas uma ocorrência (Foto: Reprodução)
Compartilhe:
09 de agosto de 2022
Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – Em Rondônia, o mês de agosto começou bem quente e perigoso para o meio ambiente, devido às altas taxas de destruição de florestas pelo fogo. O Estado foi o quarto da Região Norte que mais teve focos de calor logo na primeira semana do mês: 105 registros que indicam a ocorrência de queimadas.
Esse ritmo segue a mesma tendência do mês passado, que fechou com o pior recorde desde o início do ano. Com mais de 550 pontos de calor identificados por imagens de satélite, julho, sozinho, superou todo o primeiro semestre de 2022, de acordo com os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Fogo avança
O Estado de Rondônia, terceiro maior do Norte brasileiro, só perdeu, nesta primeira semana de agosto, para o Tocantins, com 300 focos; para o Amazonas, que teve quase 650 e, para o Estado do Pará, que liderou com mais de 900 pontos de calor identificados pelo monitoramento do Inpe.
Mais da metade dessas ocorrências, 54,3%, se deu em Porto Velho, mas a conta é dividida com outros 14 municípios. Candeias do Jamari, distante apenas 25 quilômetros da capital, onde boa parte da receita provém da agricultura e da produção leiteira, foi como se o município incendiasse três áreas de mata por dia: foram 21 registros somente entre 1º e 7 de agosto. Já na outra ponta do Estado, aparece, em terceiro lugar, Pimenteira do Oeste, com nove focos de calor nesse período.
Nem as Áreas Protegidas (APs) escapam do rastro do fogo. A Floresta Nacional (Flona) de Jacundá, criada em 2004, sofreu com três queimadas. A reserva se espalha por mais de 220 mil hectares, entre Porto Velho e Candeias.
O avanço do fogo também se torna uma ameaça para populações originárias e tradicionais, visto que a Terra Indígena (TI) Roosevelt, onde vivem as etnias Apurinã e Cinta-Larga, com mais de 1.800 pessoas, também teve área consumida pelas chamas, nesta primeira semana do mês.
Só esses primeiros sete dias equivalem a tudo o que foi queimado, em Rondônia, há dois meses, em junho, com a diferença de apenas uma ocorrência: naquele mês, foram 106 registros.
Recorde negativo (mais um)
Apesar de números tão alarmantes, julho foi ainda mais devastador, pois, em apenas 31 dias, superou todas as ocorrências acumuladas em seis meses: 555 queimadas; 175 a mais que no primeiro semestre do ano, que fechou com 380 pontos de calor identificados.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.