Governo do AM inicia processo para reverter descontos dos servidores da educação

Manifestação de professores em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Alan Gessler/Revista Cenarium)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Governo do Amazonas enviou à Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) na noite dessa terça-feira, 6, o processo para reverter descontos na folha de pagamentos dos trabalhadores da educação que estavam em greve desde o dia 17 de maio. Esses descontos foram aplicados devido às faltas registradas durante a paralisação.

Além da devolução dos descontos, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), também encaminhou o reajuste de 8% no salário da categoria e a concessão do Regime Complementar para secretários escolares e coordenadores distritais e regionais. As progressões verticais para 2.225 professores e pedagogos serão realizadas por meio de decreto. A nova folha de pagamento, com os ajustes, já está em processamento pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc).

Leia mais: No AM, greve dos professores chega ao fim após governador revelar manobra política

Manifestação de professores em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Alan Gessler/Revista Cenarium)

Os professores retornaram às salas de aula na segunda-feira, 5, após aceitarem o reajuste de 15,19% proposto pelo governo do Estado durante reunião realizada na última quarta-feira, 31 de maio. A aprovação ocorreu depois que Wilson Lima afirmou na quinta-feira, 2, que a paralisação estava sendo prolongada por motivações políticas.

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Os profissionais da educação devem se reunir novamente para discutir sobre o ajuste feito pelo governo do Estado. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) à equipe da REVISTA CENARIUM. “Estamos no aguardo da próxima audiência de conciliação“, respondeu o sindicato.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, durante anúncio do reajuste dos profissionais da educação (Divulgação/Secom)

‘Motivações políticas’

Sem citar nomes, Wilson Lima afirmou, em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, 1º, que alguns dirigentes do movimento grevista estão envolvidos em questões político-partidárias e visam promover suas imagens na mídia por meio da paralisação.

“Não é justo que isso (política) continue acontecendo no Estado do Amazonas. Esse tipo de coisa eu não vou permitir que aconteça, que faça uso político de um movimento de gente que se diz representante dos professores e que tenta usar os profissionais da educação de massa de manobra”, declarou Wilson, ressaltando que os alunos da rede pública já foram prejudicados durante a pandemia de Covid-19.

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