Governo do Amazonas oferece reajuste de 14% a professores; categoria avalia proposta

Professores em greve promoveram ato em frente à sede do Governo do Amazonas (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)
Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – A nova rodada de negociações entre o Governo do Amazonas, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), iniciada às 11h desta segunda-feira, 29, encerrou às 14h com apresentação de nova proposta pelo Executivo.

De acordo com o presidente da comissão, deputado Cabo Maciel (PL), o Estado ofereceu, neste décimo dia útil de greve, ajuste salarial de 14% aos servidores da educação. Além disso, também foi sugerido: progressão vertical; formulação de comissão para a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) e abono e reembolso imediato de faltas do desconto em folha suplementar.

“Já está pré-estabelecida para a próxima quarta-feira desta semana [31 de maio], às 11h, no Palácio do Governo, a segunda rodada de conversa”, disse o parlamentar, ao enfatizar que as negociações duram cerca de 80 dias.

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Profissionais em ato promovido pelo Sinteam, nesta segunda-feira, 29 (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)

Avaliação da proposta

O Sinteam explicou que a nova proposta prevê pagamento de 8%, de forma imediata, e, os outros 6%, em julho de 2024. “Amanhã [terça-feira], faremos assembleia para levar para a categoria apreciar. Enquanto isso, a greve continua”, disse a presidenta do sindicato, Ana Cristina Rodrigues. Conforme apurou a REVISTA CENARIUM, a reunião acontecerá no Clube Municipal, às 10h.

Ainda de acordo com o representante da categoria, as progressões por tempo de serviço vão passar por estudo de impacto orçamentário, conforme assegurou o titular da Secretaria de Governo (Segov), Sérgio Litaiff, durante as negociações.

A presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, durante ato em frente à sede do governo, nesta segunda-feira, 29 (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)

Exigências

Os professores reivindicam o pagamento de 25% da data-base e, agora, o reembolso integral dos valores descontados do contracheque dos docentes em greve. Na última sexta-feira, 26, os trabalhadores tiveram desconto de até R$ 2 mil nos contracheques por participarem da paralisação.

Na quarta-feira, 24, o sindicato negou a contraproposta apresentada pelo Executivo, que ofereceu reajuste salarial de 8%. A média salarial de um professor da rede estadual de ensino, com carga horária de 20h semanais, está fixado em R$ 3.200.

Leia mais: No AM, juristas analisam descontos de faltas de professores em greve

A contraproposta da Secretaria de Educação do Estado do Amazonas (Seduc-AM) também ofereceu a reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 3,83%, o aumento de 18% no auxílio-transporte, assim como o aumento de 9% no auxílio-alimentação, negados em sua totalidade pelo sindicato.

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