Sociedade 15 de setembro de 2022

Indígenas marcham em Brasília com objetivo de denunciar aumento de assassinatos de povos originários

Marcha na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã desta quinta-feira, 15. (Cimi)
Marcha na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã desta quinta-feira, 15. (Cimi)
Com informações de assessorias

BRASÍLIA – Indígenas promovem uma marcha na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã desta quinta-feira, 15. A manifestação visa denunciar o aumento na violência contra povos originários no País. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), sete indígenas foram assassinados em dez dias no País, entre 3 e 13 de setembro.

A manifestação segue pela Esplanada dos Ministérios e irá até o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ), onde as lideranças se pronunciarão sobre a recente escalada de violência nos seus territórios, com assassinatos e ataques armados.

Em um período de dez dias, sete vidas indígenas foram perdidas em contexto de violência nos estados do Maranhão, Mato Grosso do Sul e Bahia. Os assassinatos vitimaram indígenas dos povos Guajajara, Pataxó e Guarani Kaiowá. Além disso, dois jovens indígenas, de 16 e 14 anos, foram feridos por disparos de arma de fogo na Bahia e no Maranhão, respectivamente.

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(Cimi)

Nesta semana, aproximadamente 120 lideranças indígenas estão na capital federal, denunciando o aumento da violência e cobrando providências de órgãos públicos. Participam da mobilização indígenas dos povos Apãnjekra Canela, Memortumré Canela, Akroá Gamella, Tremembé do Engenho e Kari’u Kariri, do Maranhão, Macuxi, de Roraima, Pataxó, da Bahia, e Xakriabá, de Minas Gerais.

Os indígenas têm pedido proteção às lideranças e comunidades ameaçadas e solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que retome e conclua o julgamento do caso de repercussão geral sobre demarcações de terras indígenas, suspenso desde setembro de 2021.

A paralisação das demarcações de terras indígenas e o desmonte dos mecanismos de fiscalização e proteção territorial, determinados pelo governo federal, têm acirrado conflitos e motivado ações violentas contra os povos. Este contexto também deve ser abordado durante a coletiva.

(Cimi)
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