Indígenas marcham em Brasília com objetivo de denunciar aumento de assassinatos de povos originários
Marcha na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã desta quinta-feira, 15. (Cimi)
Com informações de assessorias
BRASÍLIA – Indígenas promovem uma marcha na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã desta quinta-feira, 15. A manifestação visa denunciar o aumento na violência contra povos originários no País. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), sete indígenas foram assassinados em dez dias no País, entre 3 e 13 de setembro.
A manifestação segue pela Esplanada dos Ministérios e irá até o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ), onde as lideranças se pronunciarão sobre a recente escalada de violência nos seus territórios, com assassinatos e ataques armados.
Em um período de dez dias, sete vidas indígenas foram perdidas em contexto de violência nos estados do Maranhão, Mato Grosso do Sul e Bahia. Os assassinatos vitimaram indígenas dos povos Guajajara, Pataxó e Guarani Kaiowá. Além disso, dois jovens indígenas, de 16 e 14 anos, foram feridos por disparos de arma de fogo na Bahia e no Maranhão, respectivamente.
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Nesta semana, aproximadamente 120 lideranças indígenas estão na capital federal, denunciando o aumento da violência e cobrando providências de órgãos públicos. Participam da mobilização indígenas dos povos Apãnjekra Canela, Memortumré Canela, Akroá Gamella, Tremembé do Engenho e Kari’u Kariri, do Maranhão, Macuxi, de Roraima, Pataxó, da Bahia, e Xakriabá, de Minas Gerais.
Os indígenas têm pedido proteção às lideranças e comunidades ameaçadas e solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que retome e conclua o julgamento do caso de repercussão geral sobre demarcações de terras indígenas, suspenso desde setembro de 2021.
A paralisação das demarcações de terras indígenas e o desmonte dos mecanismos de fiscalização e proteção territorial, determinados pelo governo federal, têm acirrado conflitos e motivado ações violentas contra os povos. Este contexto também deve ser abordado durante a coletiva.
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