‘Isso não é indício, isso é um fato’, diz presidente da CPI sobre prevaricação de Bolsonaro

O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz, afirmou à coluna Via Brasília não haver a menor dúvida que o presidente Jair Bolsonaro prevaricou (Reprodução/Internet)
Via Brasília – Da Revista Cenarium

Sem dúvidas

O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou à coluna Via Brasília não haver a menor dúvida que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prevaricou ao não tomar providências sobre a denúncia de suspeitas no contrato da Covaxin. “Isso não é indício. Isso é um fato. Ele não desmente. Não encaminhou a denúncia para a Polícia Federal”, disse Aziz.

A obrigação de Bolsonaro, reforça o senador, seria fazer um pedido formal de investigação na CGU ou Abin, não acionar dois ministros que saíram no dia seguinte à comunicação dos malfeitos. Mas, ironizou Aziz, o presidente da República “é muito ocupado porque vive a passear de motocicleta. Não tem tempo para denunciar suspeitas de corrupção na compra de vacinas de uma doença que já matou mais de meio milhão de brasileiros”.

Gravações dos Miranda

Para Aziz, a subida de tom nos ataques aos senadores da CPI tem raiz no fato de o presidente estar incomodado porque a CPI mostrou fortes indícios de corrupção e ineficiência da administração dele. Restaria à CPI, segundo o senador, apurar a extensão da participação de Bolsonaro no escândalo da Covaxin.

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De outro lado, em entrevista bombástica, ontem, ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, Luís Miranda (DEM/DF), em pese ter negado que gravou a conversa com Bolsonaro no Alvorada, sinalizou que seu irmão Ricardo pode ter o áudio.

Se Bolsonaro desmentisse, disse Miranda, “certamente o Brasil ficaria muito decepcionado com o presidente”. Em Brasília, as expectativas são que esse áudio existe, que já foi vazado para alguns, e que implicariam outros líderes do Centrão no caso, além do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Mais suspeitas de prevaricação

Além de afirmar que há um esquema instalado no Ministério da Saúde e que “tem muito para explodir nos próximos dias” – que teriam relação com irregularidades na compra de 300 milhões de testes de Covid-19 quando o País ainda precisa de vacinas, Miranda também envolveu em suposto crime de prevaricação mais dois integrantes do Governo Bolsonaro.

O parlamentar revela que o atual ministro chefe da Secretaria Geral, Ônix Lorenzonni, e Eduardo Pazuello, ainda funcionário do Planalto, teriam falado pessoalmente com ele sobre as suas suspeitas de irregularidades na Saúde. E que teria ouvido do ex-ministro que se recusara a liberar recursos para um líder do Centrão, cujo nome Miranda afirma caber a Pazuello revelar à CPI da Pandemia.

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