Mulheres indígenas discutem a realidade amazônica e organizam pautas de lutas no Amazonas

O encontro acontecerá de 9h às 12h, na sede do Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Divulgação)

Com informações da assessoria

MANAUS – Mulheres representantes dos povos Tucano, Arapaso, Sateré-Mawé, Desano, Ticuna e Kulina participam nesta quarta-feira, 20, em Manaus, da roda de conversa “O Arco de Sonhos e as lutas das mulheres indígenas”. O encontro acontecerá de 9h às 12h, na sede do Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Sares), na Avenida Leonardo Malcher, 339, Centro, e inaugura a série de atividades organizadas pelo Comitê Amazonas do 10º Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa-2022), a ser realizado de 28 a 31 de julho, em Belém, no Pará.

As convidadas do comitê estadual do Pré-Fospa/AM são mulheres que acumulam anos de experiências de lutas no movimento indígena e no movimento de mulheres indígenas do Brasil. São elas: Rosimere Maria Teles Vieira, arapaso, atuou na AMARN, a União de Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (Umiab), no Fórum de Educação Escolar Indígena (FOREAA-AM), no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) e, atualmente, responde pela coordenação da Rede de Mulheres Indígenas Makira-Êta; Clarice Arbela, tucano, coordenadora-geral da AMARN, mestranda em História na Universidade Federal do Amazonas (Ufam); Maria Assunto Pedrosa Ferreira, tucana, ex-coordenadora da Umiab, membro da Makira-Eta, bióloga e assessora de campo do Serviço e Cooperação com o povo Yanomami (Secoya); Djuena Tikuna, jornalista, cantora, ativista do movimento indígena e das culturas dos povos indígenas; Maria Sandiele Saterê – Yusuro Dihputiro, representante da juventude indígena; Marlene Kulina, professora e coordenadora da Articulação das Organizações dos Povos Indígenas do Juruá (Opiju); Vanda Ortega, técnica de enfermagem e líder indígena do povo Witoto.

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Da roda de conversa participarão, ainda, o grupo de mulheres cantoras do povo Warao; a Analista Social Mary Nelys, do Sares; Nildes Souza, representante da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) na secretaria executiva do Fospa; e Socorro Papoula, do comitê internacional e estadual do fórum.

A roda de conversa, no dia 20, marca também uma das ações do abril indígena e tem o apoio da AMARN, do Sares, da Frente Amazônica de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas (FAMDDI), do grupo de pesquisa Mediação – Comunicação, Complexidade e Culturas/Linha 3 – Expressões Amazônicas, Imaginário e Comunicação (FIC-Ufam).

O que é o Fospa?

Nove países integram a articulação do Fórum Social Pan-Amazônico (Brasil, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela, República Cooperativa da Guiana, Suriname e Guiana Francesa). Todos eles são atravessados pela Bacia Amazônica e é nesse espaço plural que são constituídas iniciativas de reflexão e ação.

De acordo com a coordenação-geral do Fospa, o compromisso assumido é: “construir um processo de mobilização, discussão e propostas que se traduzam em um grande evento bienal que busque reunir e articular movimentos sociais, povos indígenas e comunidades tradicionais dos nove países da Bacia Amazônica” de caráter intercultural. É o que ocorrerá em Belém, a “capital da resistência e trincheira dos povos”, na última semana de julho, duas décadas após ter sediado um Fospa.

Para esse empreendimento, o comitê internacional do fórum – formado por representantes de cada país/região – atua em permanente contato com os comitês estaduais, como o do Amazonas, que programa a realização, até julho, de eventos, por municípios, informa a ativista dos direitos da mulher e da cultura Socorro Papoula. Para saber mais sobre o Fospa: www.forosocialpanamazonico.com/pt/em-FSPA/

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