Na TV, ministra da Saúde critica ações de Bolsonaro na pandemia e ‘tece’ elogios a Lula

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante cerimônia de investidura no cargo. (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite desse domingo, 7, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, criticou o negacionismo e as falhas da gestão de Jair Bolsonaro (PL) no combate à Covid-19 e afirmou que esses fatos não podem ser esquecidos.

“Não podemos esquecer, precisamos preservar essa memória do que aconteceu para poder construir um futuro digno”, disse a ministra.

Ela ainda ressaltou que muitas vidas poderiam ter sido salvas e elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua fala de pouco mais de cinco minutos.

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Ministra da Saúde, Nísia Trindade grava pronunciamento veiculado em cadeia de TV na noite deste domingo, 7. (Divulgação/ Ministério da Saúde)

“Infelizmente, no Brasil, perdemos mais de 700 mil pessoas —2,7% da população mundial vive em nosso País, mas tivemos 11% do total de mortes. Outro teria sido o resultado se o governo anterior, durante toda a pandemia, respeitasse as recomendações da ciência. Se fossem seguidas e cumpridas as obrigações de governante de proteger a população do País”, afirmou ainda a ministra.

Na sexta-feira, 5, após mais de três anos e quase 7 milhões de mortes em todo o planeta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a Covid-19, pandemia mais devastadora do século 21, não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii).

O Brasil registrou no dia 25 de fevereiro de 2020 o primeiro caso de coronavírus no país, um homem de 61 anos vindo da Itália que testou positivo para o vírus no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Naquele dia, o mundo já contava 2.708 mortes
O Brasil registrou, no dia 25 de fevereiro de 2020, o primeiro caso de coronavírus no País, um homem de 61 anos vindo da Itália que testou positivo para Covid-19 (Rubens Cavallari – 25.nov.22/Folhapress)

A condução do Governo Jair Bolsonaro (PL) no combate ao coronavírus incluiu uma sequência de erros, como ausência de uma política organizada de controle da doença, troca em série de ministros, aposta em remédios sem eficácia, apagão de dados e atrasos na compra de vacinas, entre outros pontos.

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Atualmente, o Brasil é o segundo País em número acumulado de mortes pela Covid, atrás apenas dos Estados Unidos. Desde o início da pandemia, são 701 mil mortes. Na prática, é como varrer do mapa uma capital inteira, como Cuiabá ou Aracaju, ou até 336 cidades de menor porte.

A ministra aproveitou o pronunciamento deste domingo para defender a vacinação contra a Covid, ressaltando a campanha do Ministério da Saúde, Estados e municípios pela vacinação de reforço para Covid-19.

Ela destacou que a maioria das internações e mortes é de pessoas sem o esquema vacinal completo e fez um apelo para que a população se vacine e que Estados e municípios mantenham o rastreamento da doença ativo.

“Entende-se que o momento indica uma transição do modo de emergência para um enfrentamento continuado, como parte da prevenção e controle de doenças infecciosas. Infecções pelo vírus Sars-CoV-2 vão continuar e devemos manter cuidados. Portanto, sistemas de vigilância, diagnóstico, redes de assistência e vacinação precisam ser fortalecidos.”

Nísia Trindade também fez vários elogios ao SUS, ocasião em que citou o nome de Lula.

“Apesar do negacionismo, dos ataques à ciência e da política de descaso, muitas vidas foram salvas devido ao SUS e ao esforço sem limite das trabalhadoras e trabalhadores da saúde. A eles, agradeço em meu nome e em nome do presidente Lula, que tem se dedicado desde o primeiro dia de nosso governo à política do cuidado e ao fortalecimento do SUS”, acrescentou.

(*) Com informações da Folhapress

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