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Plataforma divulga levantamento de candidaturas LGBTQIA+ nas eleições deste ano
Primeiro turno das eleições ocorre em 2 de outubro (Reprodução/Internet)
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15 de agosto de 2022
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium
MANAUS – O Brasil registrou 259 pré-candidaturas LGBTQIA+ para disputar as Eleições 2022. O levantamento é da organização Vote LGBT+, plataforma focada em promover a participação e representatividade da população LGBTQIA+ em espaços de poder. Segundo a pesquisa desse quantitativo, 170 candidaturas foram oficializadas pelas siglas (até a publicação desta matéria).
Os candidatos que não se formalizaram, inclusive, tem até esta segunda-feira, 15, para registrar de forma oficial a participação neste pleito, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A pesquisa mostra que são 13 candidaturas a mais do que nas eleições de 2018, quando o registro foi de 157. No Norte do País foram o total de 18 nomes até o momento. Sendo 5 no Pará, 4 no Amazonas, 4 no Amapá, 2 em Roraima, 2 em Tocantins e 1 no Acre. Em Rondônia, não foi constatado candidato LGBTQIA+ para as Eleições 2022.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a pesquisadora e integrante do Vote LGBT, Evorah Cardoso, considerou os números um avanço e atentou para a necessidade de ocupação dos cargos políticos por essa parcela da população. “É um número histórico. Só mostra o quanto essa tendência de LGBTs ocuparem a política veio para ficar. Ainda estamos trabalhando em um cenário de muita desigualdade, só ocupamos 0,16% dos cargos políticos eletivos, mas é bom ver o avanço”, disse a integrante.
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Região Norte – cargos e candidatos
No Amazonas, segundo o levantamento, concorrem ao cargo de deputados estaduais, a Bancada Amazônida, (PT) e o coletivo #umdenós (Cidadania). Para a cadeira de deputada federal, o nome apresentado é o da nutricionista, bissexual e ativista social Kezya Tavares (PSOL); para o Senado, a oficial de Justiça Marília Freire aparece na lista como mulher lésbica negra para dar representatividade.
No Pará, o levantamento aponta que todas as candidaturas são para o cargo de deputado estadual, são eles: Endell Menezes (PDT); Barbara Pastana (PSOL), identificada no levantamento como travesti/ bissexual negra; Jade Leão (PT), bissexual negra; professora Madalena (PSOL), lésbica negra e a bissexual Bia Caminha (PT)
No Amapá, 4 candidaturas foram identificadas até então, uma para deputado estadual e três para federais. O gay negro Edem Jardim (MDB) vem para concorrer ao cargo estadual, a não-binárie e pansexual e branca Céu Leehi (PSB) e a lésbica e negra Alda Cardoso (PSB) disputam uma vaga como deputada federal. Apresentada na pesquisa como mulher trans negra, a candidata Rafaela Esteffans também integra a corrida pelos votos ao cargo.
Em Tocantins, são duas candidaturas representadas por bancadas coletivas. Para deputada estadual a bancada “Mandato Povo de Luta”, para o cargo de deputad(e) federal a bancada Coletivo Somos (PSB). Roraima também aparece no levantamento com apenas dois nomes, são eles, a travesti pansexual negra Eli Araújo (PSOL) e o homem trans negro Jonathan Calel (PMB). O Acre fecha a listagem com apenas um nome, doutora Michelle Melo (PT), bissexual negra, candidata a deputada estadual.
Pesquisa e presidência
A possível eleição de um presidente gay pode representar equidade e respeito aos direitos LGBTQIA+ no Brasil. A conclusão partiu da análise da pesquisa Impacto da orientação sexual dos candidatos sobre a intenção de voto ― Posicionamento político do eleitorado LGBT, realizada pelo Instituto Atlas, em agosto de 2021.
O material revelou que 60% dos eleitores declaram que votariam em um candidato à Presidência da República assumidamente homossexual. O material foi divulgado pelo El PAÍS e surpreende pelo fato do Brasil ser, justamente, um dos países que mata e maltrata pessoas LGBTQIA+ no mundo e, atualmente, ser governado por um líder que dispara falas homofóbicas.
A pesquisa traz em detalhes alguns dados ligados ao posicionamento e intenção de voto dos 2.884 entrevistados, entre os dias 26 e 29 de julho do ano passado. À ocasião, para parte dos entrevistados, por exemplo, votar em um candidato homossexual ainda é algo fora de cogitação. Cerca de 17% não apresentaram opinião formada sobre o assunto. O levantamento também mostrou que mulheres são mais progressistas que homens.
Entre o eleitorado feminino, o apoio a possíveis candidatos políticos LGBTQIA+ somou 69%, frente a 50% entre os homens. Se tratando de rejeição, as mulheres também se mostraram menos resistentes ao assunto, com 19% declarando que não escolheria um candidato declaradamente homossexual. No caso dos homens, a porcentagem subiu para 29% dos entrevistados.
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