Pobreza no AM e a fila do CadÚnico

Com a crise do coronavírus ainda não superada, uma outra pandemia de igual gravidade explode no Brasil: a fome. Em pouco mais de um ano, a fome passou a atingir 33 milhões de brasileiros. Nosso Amazonas e demais Estados da Região Norte ostentam a triste dianteira no mapa da fome, com cerca de 71,6% dos lares lidando com algum grau de insegurança alimentar.

Impossível não ficar sensível a essa tragédia pela qual passam milhões de famílias amazonenses e brasileiras. Diante desse patamar assombroso, tomei a decisão de reunir parceiros para se somar no combate à fome, por meio de doações, e direcionei as minhas emendas parlamentares a ações que minimizem esse triste quadro.

Um desses parceiros é o prefeito de Manaus, David Almeida, com quem assinei a Ordem de Serviço para a reforma de 17 CRAS (Centros de Referência da Assistência Social) e 1 CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) que totaliza R$ 6,5 milhões.

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A ideia é dar mais acolhida a milhares de pessoas que procuram os CRAS, porta de entrada das famílias que estão em situação de vulnerabilidade social. Nestes espaços, as pessoas preenchem o Cadastro Único para ter acesso ao Vale Gás, Auxílio Brasil, Tarifa Social de Energia, entre outros benefícios.

No entanto, por falta de estrutura para fazer novos cadastros, 80 mil manauaras que se enquadram nos critérios para receber benefícios sociais não conseguem acessá-los.
Comprometi-me com o prefeito de destinar mais recursos para compra de equipamentos e contratação de pessoal para zerar a fila do CadÚnico.

Por desinformação ou até mesmo por falta de dinheiro para o transporte, para se chegar a um CRAS, muitas famílias de baixa renda ficam excluídas dos programas de redução da pobreza. Para achar estes potenciais beneficiários, faremos, ainda, um trabalho de busca ativa, após equiparmos os CRAS e zerarmos a fila do CadÚnico.

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(*)Marcelo Ramos é advogado, professor de Direito Constitucional e vice-presidente da Câmara Federal.

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