Polícia descobre ‘fábrica’ clandestina de cachaça no maior presídio de MT

Fábrica produzia bebia para consumo dos presos (PJC-MT)
Davi Vittorazzi – Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) – A Polícia Civil de Mato Grosso (PC-MT) descobriu uma espécie de fábrica clandestina de produção de cachaça artesanal no maior presídio do Estado, a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. O caso foi descoberto durante a Operação Alcatraz, deflagrada na terça-feira, 23.

Segundo a PC, foram encontradas diversas garrafas organizadas para a fabricação da bebida. No local, quatro litros da cachaça estavam prontos e havia outros dois sacos de lixo, onde era feita a fermentação do produto. A PCE tem capacidade para 3.078 presos.

Pelo menos 12 presos ocupavam o mesmo espaço em que a funcionava destilaria clandestina. Além disso, na operação foram apreendidos 13 celulares e 44 porções de maconha.

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Material apreendido em penitenciária de MT (PJC-MT)

A ação policial foi realizada de forma integrada com os trabalhos da Operação Erga Omnes, coordenada pela Diretoria da Polícia Civil, com foco no combate à atuação de facções criminosas em todo o Estado de Mato Grosso. Os principais alvos eram faccionados.

Em vídeo registrado pelos policiais, é possível ver diversos frascos de garrafa pet e parte da produção já em processo de fermentação.

Os alvos investigados, atualmente presos, são identificados como líderes e mentores de vários crimes, incluindo homicídios, e acusados de instigar uma rivalidade pelo controle do comércio de drogas na cidade de Cáceres (a 220 quilômetros de Cuiabá).

Conforme explicou o delegado Marlon Nogueira, da 1ª Delegacia de Cáceres, responsável pela operação com o apoio da Polícia Penal e do Grupo de Intervenção Rápida, os detentos estavam produzindo a cachaça conhecida como “choca”. “Eles pegavam os restos de comida e de pão para fazer a fermentação, que era misturada com água. A bebida de teor alcoólico era distribuída entre os presos do raio 2”, disse.

O delegado também esclareceu que os materiais foram removidos do local e enviados para destruição. Os detentos que estavam na cela podem enfrentar outras medidas administrativas e penais.

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Editado por Adrisa De Góes
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