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Polícia prende três pessoas por venda clandestina de anabolizantes e medicamentos abortivos
Material apreendido pela Polícia Civil durante a operação (Reprodução)
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17 de março de 2023
Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium
MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deflagrou nessa quinta-feira, 16, uma operação contra uma organização criminosa envolvida na venda clandestina de anabolizantes e medicamentos abortivos. A ação resultou na prisão de três pessoas, entre eles um fiscal do Conselho Regional de Educação Física (Cref). Os medicamentos eram vendidos em Manaus, Iranduba, Rio Preto da Eva, no Estado do Amazonas e também no Pará.
A organização criminosa atuava ainda na distribuição de anabolizantes em academias da capital amazonense. Os presos são: Diego dos Santos Freire, fiscal do Cref Sandro Santos Nunes e William Diniz de Souza. Cada pílula era vendida por cerca de R$ 300. William Diniz era o principal recebedor das medicações. A partir do recebimento, ele distribuía para o Sandro e para o Diego, que faziam a logística da entrega dos materiais.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular do 13º Distrito Integrado de Polícia (DIP), o grupo criminoso gerenciava redes sociais em Belém do Pará, para anunciar as vendas das pílulas abortivas. Além disso, um dos indivíduos ministrava anabolizantes em praticantes de musculação em diversas academias de Manaus.
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“A quadrilha foi identificada com ramificações no Estado do Pará, onde parte dessa quadrilha gerenciava um esquema em redes sociais para anunciar a venda dessas medicações. Essa parte da quadrilha que operava de lá do Pará, acabava adquirindo essas medicações com fornecedores da Colômbia e da Bolívia. E essas medicações quando adentravam em solo brasileiro eram repassadas para o restante da quadrilha que operava aqui no Estado do Amazonas. E na tarde de ontem [quinta-feira], nós conseguimos êxito em capturar esses três integrantes que operava nesse esquema criminoso”, explicou o delegado.
Apuração
As investigações iniciaram depois de denúncias feitas à polícia e ao Conselho Regional de Farmácia, que encaminhou um ofício para que a polícia apurasse a denúncia da distribuição de medicamentos abortivos e anabolizantes.
“Há aproximadamente 20 dias, já estávamos recebendo denúncias anônimas por meio do WhatsApp da nossa delegacia, dando conta da existência de uma quadrilha que realizava o comércio clandestino de medicações que são utilizadas na prática de abortos. Além disso, recebemos alguns ofícios do Conselho Regional de Farmácia solicitando apuração desse fato criminoso e conseguimos aí com base nos levantamentos que foram feitos pelas equipes de investigação, apura a venda clandestina desses medicamentos que são utilizados para prática de abortos”, afirmou Túlio.
Alerta
A presidente do Conselho Regional de Farmácia, Luana Santana, afirmou que a instituição recebeu diversas denúncias por meio do canal de denúncias prints de conversas de WhatsApp, mas também de páginas patrocinadas e divulgadas nas redes sociais, principalmente Facebook, oferecendo a venda desses medicamentos, que tem uma indicação abortiva. Luana Santana explicou que medicamentos esses medicamentos não podem ser utilizados sem a supervisão médica e que esse tipo ação sirva como alerta para a população.
“Essa ação não é só uma ação educativa, mas de uma ação de alerta de saúde pública, o risco que a população que está fazendo uso desses produtos de forma ilegal está se expondo. É importante a gente alertar e dizer para a população não adquirir esse tipo de medicamento, não adquirir esse tipo de anabolizantes, não adquirir nenhum tipo de produto ao qual eles não sabem a procedência. Eles não sabem o risco que podem está sendo submetido”, frisou Luana.
Apreensão e procedimentos
Centenas de medicamentos e anabolizantes foram apreendidos, além de maquinetas de cartão de crédito e um veículo utilizado para transporte e distribuição dos materiais ilegais.
Diego, Sandro e William responderão por associação criminosa, auxílio a aborto consentido em terceiros e comércio ilegal de produtos destinados a fins terapêuticos. Todos ficarão à disposição do Poder Judiciário.
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