Produção de Cloroquina do Exército pode ganhar foco em CPI da Pandemia

O Exército foi responsável pela fabricação da droga no Brasil.(Reprodução/Internet)

Via Brasília – Da Revista Cenarium

Cloroquina…

Parlamentares com experiência em acompanhar comissões parlamentares de inquérito ouvidos pela coluna Via Brasília dizem que um dos indícios em que os integrantes da CPI da Pandemia mais apostam suas fichas é na compra de cloroquina. A produção é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Até o momento, o Exército, responsável pela fabricação da droga, não se pronunciou. Há suspeitas quanto à celeridade com que os recursos foram liberados para o laboratório militar produzir um medicamento sem eficácia comprovada. “Não é possível que todo esse esforço em propagandear a cloroquina seja só por razões ideológicas. Aí tem…”, anotou uma dessas fontes.

…nos olhos dos outros…

O dinheiro foi destravado em apenas dois dias pelo em pelo menos 3 repasses, que viabilizaram R$ 1,1 milhão em recursos públicos para a produção de 3,2 milhões de comprimidos. Isso logo após o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) determinar ao então ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, o aumento na fabricação da droga, ato que fez do militar candidatíssimo a depor na CPI. Enquanto a cloroquina sobrava, faltava oxigênio para milhares de amazonenses que buscavam respirar. O jurista que preferiu o anonimato verifica aí mais um crime contra a incolumidade pública, com penas que variam de 1 a 3 anos de reclusão e multa.

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…é refresco?

O TCU, que promete não dar refresco para prováveis negligências na condução da Pandemia, sobretudo no Amazonas, também enxerga indícios de superfaturamento na compra da cloroquina. A documentação que o tribunal acumula será o ponto de partida da CPI, já que o TCU trabalha há meses na apuração deste episódio. O que se sabe, até agora, é que o general Azevedo terá a companhia de outros fardados no banco da CPI da Pandemia, além do candidatíssimo e general da ativa Eduardo Pazuello, com cadeira cativa na comissão para ser um dos primeiros ouvidos. Os dois terão ao seu lado outros militares dos quadros da burocracia e do laboratório a responder pela compra em excesso de cloroquina.

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