Projeto Brasil-Bolívia solta milhares de tartarugas-da-amazônia em rio

Tão logo saem dos ovos enterrados na areia da praia, os filhotes de tartaruga-da-amazônia buscam o caminho do rio. (Ibama/ Divulgação)

Com informações do UOL

Um projeto binacional de conservação entre Brasil e Bolívia soltou cerca de um milhão de tartarugas-da-amazônia nas águas de um rio próximo da fronteira entre os dois países. Uma multidão assistiu a esse momento adorável, se não inspirador, quando os pequeninos “bebês” de tartaruga se arrastaram até a água. Menos atraente é o motivo por trás dessa iniciativa. A população dessa espécie de tartaruga diminui muito devido à caça ilegal. O projeto, realizado na última terça-feira, 7, é uma tentativa para combater a extinção da espécie.

Em novembro, 300 filhotes de tartarugas foram encontrados mortos na praia de Morro Ayuta, em Oaxaca, na costa do Oceano Pacífico. Especialistas acreditam que o número cada vez menor de tartarugas é provocado pelas mudanças climáticas e atividade humana, incluindo a caça e pesca comercial.

PUBLICIDADE

A caça de ovos de tartarugas é proibida pelas autoridades brasileiras. Mas a carne e os filhotes ainda são alvos dos caçadores. Especialistas brasileiros e bolivianos estudaram o local mais adequado para a reprodução de répteis para realizar esse projeto. “Escolhemos esta região porque é a maior área de desova das tartarugas amazônicas”, disse em entrevista à Reuters, a supervisora técnica do World Wildlife Fund Brasil, Camila Ferrara.

De acordo com a supervisora, cerca de 100.000 fêmeas desovam nessa área a cada ano. Ela espera que 10 milhões de novos “bebês” nesse ano. Salvar tartarugas não importante apenas para a preservar a espécie, mas também para o ecossistema. “As tartarugas são biologicamente importantes para o meio ambiente pela reciclagem de nutrientes e disseminação de sementes”, disse Camila.

Em novembro, numa ação menor, mas importante, três mil filhotes de tartarugas nativas da floresta amazônica foram soltas no Peru em praias artificiais. As informações são da Agência Reuters.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.