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Queimadas no AM: Ibama deve mobilizar mais brigadistas, diz diretor de Proteção Ambiental
O diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jair Schmitt (Reprodução/Senado)
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16 de outubro de 2023
Mayara Subtil – Da Revista Cenarium Amazônia
BRASÍLIA (DF) – O diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jair Schmitt, informou nesta segunda-feira, 16, que a autarquia federal prevê mobilizar mais brigadistas no decorrer desta semana para auxiliar no combate aos incêndios florestais no Amazonas. No total, 289 brigadistas do Ibama e do ICMBio estão em operação na região.
“Parte desses brigadistas já chegou. No decorrer da semana devemos mobilizar outros brigadistas para atuarem na região. Além dos brigadistas, o ICMBio já forneceu dois helicópteros de apoio. O Ibama está disponibilizando 500 kits e equipamentos para brigadistas locais, sejam aqueles contratados pelo Estado do Amazonas ou eventualmente voluntários“, explicou Schmitt.
Na última sexta-feira, 13, em entrevista coletiva na sede do Ibama, em Brasília, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou a mobilização de mais brigadistas para atuarem no Amazonas. “Combater fogo requer muita técnica, muita persistência e muita capacidade de atuar em situação de risco. E precisa de uma atuação coordenada“, disse a ministra na ocasião.
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Apesar dos esforços para conter o avanço das queimadas no Amazonas, Jair Schmitt reforçou que a população do Amazonas precisa parar de atear fogo. “O apelo que a gente faz a todo cidadão amazonense, principalmente àqueles que vivem no entorno de Manaus, aonde tem a maior concentração desses incêndios, é que não façam nenhum tipo de fogo na floresta. Primeiro, porque isso é uma medida ilegal, segundo, que esse fogo vai agravar ainda mais a situação que vive o Estado, a região de Manaus“, disse.
O efetivo de brigadistas se funde a outros quase 600 servidores envolvidos nas ações do Estado, entre bombeiros, policiais e agentes federais, divididos nas Operações Tamoiotatá 3, Aceiro e Céu Limpo.
O Ibama também deve encaminhar mais de 2 mil itens para apoiar o combate aos incêndios no Estado amazonense, como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), cantis, facões, lanternas, pinga-fogo e abafadores. Parte do material será dividido para apoiar o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) nas ações em andamento.
Pedidos de auxílio
Em julho, o Ministério da Justiça e Segurança Pública deu aval para que a Força Nacional atuasse nos municípios de Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Lábrea e Manicoré por até 90 dias. Essas cidades concentram a maior parte das queimadas no Estado. Já em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu ao governador Wilson Lima, por telefone, apoio às famílias afetadas pela crítica estiagem no Estado.
No mesmo mês, Wilson Lima esteve em Brasília para o cumprimento de agenda com os ministros Renan Filho (Transporte) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), além da bancada do Amazonas, ocasião em que teve a garantia da realização de dragagem emergencial em rios da região. A meta era melhorar a navegação.
Perto do início de outubro, o Amazonas teve o apoio de aeronaves para intensificação dos trabalhos de combate aos incêndios. Em outubro, Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, garantiu ao Governo do Amazonas repasse de R$ 138 milhões do Executivo para a dragagem dos rios Solimões e Madeira durante visita para checar os impactos da estiagem na região.
Já na última quarta-feira, 11, Wilson Lima conversou com Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), José Múcio (Defesa) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). Para Marina, o governador solicitou apoio com equipamentos e efetivo. José Múcio pediu o envio de aeronaves de grande porte para alcançar focos de incêndio mais distantes. Sílvio Costa Filho tratou dos desafios que as embarcações enfrentam para realizar navegações em razão da seca.
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