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Txai Suruí fala de resistência dos povos indígenas em premiação nacional: ‘Lutamos com as nossas vidas’
Ativistas indígenas e ambienteis Neidinha e Txai Suruí homenageadas no 'Melhores do Ano'. (Globo/ Sérgio Zalis)
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26 de dezembro de 2022
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – A indígena do povo Paiter-Suruí, de Rondônia (RO), Txai Suruí foi homenageada no último domingo, 25, durante a premiação “Melhores do Ano“, da Rede Globo de Televisão. Ela e a mãe, Neidinha, foram destaques pelo trabalho que desempenham com a causa indígena e ambiental.
A jovem ativista de Rondônia, única brasileira a discursar na abertura da COP26, em 2021, dedicou a premiação aos povos indígenas e exaltou a resistência e luta.
“Queria dedicar essa homenagem ao meu povo, a todos os povos indígenas deste País que, muito antes desses quatro anos, há mais de 500 anos, estão lutando pelos nossos territórios, para que a gente continue vivo, pela vida de todos nós. Isso que significa floresta em pé“, disse emocionada.
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Veja o vídeo:
Txai também citou o recente caso da indígena Guarani Kaiowá, assassinada no Mato Grosso do Sul, e dos povos indígenas isolados em Rondônia, que estão sob pressão. O boletim Sirad-I, do Instituto Socioambiental (ISA), apontou que os meses de julho e agosto somaram o maior desmatamento em Terras Indígenas com povos isolados desde o início de 2022, sendo a Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau (RO) o território que mais sofreu com queimadas e desmatamentos ilegais.
“Eu não poderia subir aqui sem fazer essa denúncia, porque esse território, esse chão que a gente está pisando, é terra indígena. E nós, durante esses últimos quatro anos, que fizemos a resistência, que estamos na linha de frente, lutando com as nossas vidas“, acrescentou.
Transição
A luta do povo indígena Uru-Eu-Wau-Wau, de Rondônia, para defender seu território de invasores, foi parar no Oscar. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou na semana passada o filme “O Território” entre pré-indicados na categoria de melhor documentário de longa-metragem.
Dirigido pelo americano Alex Pritz, o longa teve a ativista Txai Suruí na produção executiva, Darren Aronofsky (diretor de filmes como “Mãe!” e “Cisne Negro”) entre os produtores e Tangãi Uru-Eu-Wau-Wau na direção de fotografia. O filme acompanha jovens lideranças, como Bitaté Uru-Eu-Wau-Wau, que monitora o território usando drones e as redes sociais, e Neidinha, que trabalha há décadas com os indígenas.
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