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‘Vozes da Amazônia’: 22º Enejor debate desafios para produzir Jornalismo Ambiental
Da esquerda à direita: Wilson Nogueira, Hernán Gutiérrez e Paula Litaiff. (@arthusfotoefilme)
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28 de abril de 2023
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – Profissionais e estudantes de Jornalismo debateram, na noite dessa quinta-feira, 27, na Faculdade Boas Novas (FBN), localizada na Avenida Rodrigo Otávio, bairro Japiim, zona Sul de Manaus, a resistência do jornalismo na cobertura do meio ambiente na Amazônia. A mesa de debate contou com a participação da diretora-executiva da REVISTA CENARIUM, Paula Litaiff, do jornalista e proprietário do site Amazon Amazônia, Wilson Nogueira, e do professor e coordenador do curso de Jornalismo da instituição, Hernán Gutiérrez.
Os profissionais participaram da mesa com o tema “Jornalismo e resistência: vozes que falam pelo meio ambiente”. O encontro fez parte do terceiro dia de programação do 22° Encontro Nacional de Jornalismo (ENEjor) e 3°Congresso de Jornalismo da Amazônia (CONjor), que teve início na terça-feira, 25, e encerra nesta sexta-feira, 28.
O professor e coordenador do curso de Jornalismo da Faculdade Boas Novas, Hernán Gutiérrez, explicou que o debate cumpriu o objetivo de lembrar que a profissão não envolve apenas a prática de produção de textos, roteiros, gravações e passagens, e entender que fazer jornalismo na região amazônica é defender a vida.
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“Nós sempre acabamos focando muito nas nossas aulas, no dia a dia da academia, nesse ensinamento prático de fazer jornalismo, mas o que seria de um jornalista sem uma leitura do contexto em que ele está inerido?”, questionou ele.
“O 22º Enejor trouxe essa mesa fundamental para que os nossos alunos, profissionais e professores entrem nessas temáticas que falam sobre Amazônia. Essa voz e resistência na Amazônia, essa defesa que deve ser feita sempre, porque a defesa à vida é a defesa da preservação da humanidade”.
A REVISTA CENARIUM foi uma das convidadas do 22° ENEjor e 3°CONjor. A diretora-executiva Paula Litaiff, com mais de 20 anos de experiência no Jornalismo, destacou que o evento foi uma oportunidade de falar sobre os desafios de fazer jornalismo na Amazônia de uma forma técnica e a partir de experiências vividas em campo.
“É algo muito difícil [fazer jornalismo na Amazônia]. Muito desafiador a gente estar ali, na comunidade, seja comunidade indígena, seja ribeirinha, seja quilombola, compreendendo um modo de vida dos povos tradicionais e levar isso para o Brasil e para o mundo. É desafiador para toda a equipe CENARIUM e foi muito importante a gente falar sobre isso aqui, na Faculdade Boas Novas, e também no Enejor”, afirmou.
Profissão estratégica
O jornalista Wilson Nogueira defendeu que o jornalismo é uma profissão estratégica, já que o profissional que nela atua faz a mediação dos fatos com a população. Ele acrescentou, ainda, que é importante que o profissional faça reflexões a respeito do momento em que se vive e leve isso para a sua produção.
“Eu trago para cá minha experiência de batente, de jornalista de redação, e a minha experiência também de uma pessoa que tem produção acadêmica nessa área de jornalismo de ciências sociais. E aí eu tento, na realidade, fazer uma conversa que leve preocupações para o jornalista, para a sociedade, que incentive reflexões a respeito do momento que nós vivemos, a respeito da atividade que nós exercemos enquanto jornalistas”, explicou.
Novas perspectivas
O aluno do 4º período de Jornalismo da Faculdade Boas Novas Ismael Oliveira destacou que o compartilhamento de conhecimento e experiências agregam novas perspectivas aos estudantes que iniciam a carreira na profissão, mostrando o que de fato é fazer jornalismo na Amazônia.
“Realmente, a nossa sociedade e nossa região são coisas muito particulares, e merecem um olhar muito mais focado naquilo que são na sua totalidade. Então, essa palestra de hoje, esse evento de hoje, tem agregado, sobretudo, numa nova perspectiva daquilo que é fazer jornalismo aqui, nas nossas terras”, concluiu ele.
Evento
A programação conta com oficinas, painéis, palestras, conferências regionais, nacionais e internacionais, mesas-redondas, apresentações de pesquisas em grupos de trabalho (on-line) eoportunidades de atualização para os estudantes de Jornalismo. Pela primeira vez, são oferecidos minicursos para formação continuada de docentes.
A agenda é híbrida e os inscritos também podem apresentar papers remotamente, assistir às conferências, palestras e mesas-redondas pelo canal Portal da Ciência, no YouTube. Segundo a comissão organizadora, todos os profissionais e/ou interessados no campo da Comunicação podem participar. A programação completa pode ser conferida no site oficial do evento.
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