Em Manaus, motoristas de aplicativos cobram melhores remunerações; ‘Queremos que paguem R$ 2 por km’

Motoristas de aplicativos em Manaus se uniram à paralisação nacional. (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – Motoristas de aplicativos (app) em Manaus se uniram ao movimento nacional e paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira, 15, reivindicando, principalmente, melhorias na remuneração pelas corridas. A concentração ocorre no Avenida do Samba, bairro Dom Pedro, zona Oeste da capital amazonense, com expectativa de reunir 20 mil motoristas ao ato.

Além do Amazonas, Piauí, Ceará, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo também tiveram paralisações. Entre as principais reivindicações estão a cobrança do valor mínimo de R$ 10 em uma corrida; cobrança, do passageiro, de R$ 2 por quilômetro rodado; e disponibilização da foto do passageiro na plataforma; auxílio funeral e auxílio psicólogo.

A concentração foi na Avenida do Samba, bairro Dom Pedro, zona Oeste de Manaus. (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)

“Os motoristas de aplicativos não aguentam mais essas taxas absurdas, esses preços absurdos que eles recebem. Os carros estão ficando sucateados e, com isso, não conseguem colocar a manutenção do carro em dia. O preço do combustível, um absurdo. Estamos reivindicando que nós possamos receber o que merecemos”, disse um dos fundadores da Parceiro da QRU e presidente de uma cooperativa COPQRU, João Rodrigues.

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Quanto às taxas cobradas por plataformas, como a 99 e a Uber, Rodrigues disse que nem os próprios motoristas entendem as cobranças.

A plataforma desconta de uma forma que esse cálculo não bate, tem vez que a plataforma chega a descontar até 50%. Tem vez que o passageiro paga uma corrida de R$ 120 e o motorista recebe somente R$ 50, R$ 60″, alega. “O carro é do motorista, as manutenções são por conta dos motoristas, combustível por conta do motorista, a única coisa que plataforma faz é intermediar a corrida, então essa conta não bate, não fecha”, finaliza.

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O presidente da cooperativa COPQRU, João Rodrigues. (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)

Taxas

O motorista de motocicleta Eduardo Basílio trabalha em aplicativos de transporte há sete meses. Ele enfatiza a necessidade de que os motoristas sejam melhores remunerados. “Acontece de uma corrida custar R$ 4,60 para gente andar 6 quilômetros. Queremos que paguem [os passageiros] R$ 2 por quilômetro, aí já estava de bom tamanho, e a gente ia trabalhar alegre da vida”, declara, lembrando que a atividade já se tornou um serviço indispensável para a população.

“A sociedade toda, querendo ou não, precisa da gente. Hoje, muita gente reclamou que a gente não estava lá, muita gente cancelou. Então, a gente quer que eles olhem para gente. Aí a gente vai beneficiar mais os nossos clientes“, concluiu.

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Eduardo Basílio trabalha há sete meses como motorista de motocicleta. (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)
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