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Pavimentação da BR-319 começará em 2024, afirma superintendente do DNIT
Vista aérea da BR-319 (Reprodução/Idesam)
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15 de dezembro de 2023
João Felipe Serrão – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) afirmou que planeja iniciar, em 2024, a pavimentação do Lote C da BR-319, rodovia que permite o tráfego terrestre de Roraima e Amazonas a Rondônia e, consequentemente, ao restante do País. A informação foi divulgada pelo superintendente regional do departamento no Amazonas, Orlando Machado, durante debate realizado pela BandNews Difusora FM nesta sexta-feira, 15.
Concluída em 1973, a BR-319, que tem 877 quilômetros, foi trafegável por 15 anos. A partir de 1988, a rodovia começou a apresentar desmoronamentos, principalmente no trecho do meio, e há mais de 30 anos está praticamente intransitável.
O representante do DNIT garantiu que o órgão tem feito tratativas para contratar uma nova empresa para realizar as obras. “O DNIT está tomando as providências para tentar uma nova contratação e, no ano que vem, retomar essa pavimentação”, informou Orlando.
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Em fevereiro deste ano, o órgão suspendeu o contrato de mais de R$ 165 milhões com a empresa Tecon Tecnologia em Construções Ltda., que ficou responsável pela reconstrução do trecho, que vai do quilômetro 198 até o 250, totalizando 52 quilômetros. A empresa não obteve licenciamento ambiental para a construção de uma usina de asfalto dentro dos prazos definidos.
Em junho, o diretor-geral do DNIT, Fabrício Galvão, chegou a afirmar para a imprensa que, apesar da falta de licenças e da ausência de uma empresa contratada para a pavimentação, ainda acreditava que as obras do Trecho C poderiam começar ainda neste ano, o que não ocorreu.
Em relação às pontes que desabaram ao longo da BR-319 no ano passado, o superintendente afirmou que o planejamento do DNIT é concluir, entre maio e junho de 2024, a ponte sobre o Rio Curuçá e, até o final do mesmo ano, entregar também a ponte sobre o Rio Autaz Mirim.
A ponte sobre o Rio Curuçá desabou no dia 28 de setembro de 2022 e deixou cinco mortos e 14 feridos. Onze dias depois, no dia 8 de outubro, a ponte sobre o Rio Autaz Mirim também desabou, sem deixar vítimas.
O debate na BandNews Difusora FM, mediado pelos jornalistas Paula Litaiff, Rafael Campos e Dhyene Brissow, teve a participação do ambientalista e consultor técnico Ricardo Ninuma e do deputado estadual Sinésio Campos (PT), que compõe a Comissão de Transporte, Trânsito e Mobilidade da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
Ninuma destacou a importância das fiscalizações ambientais para mitigar os impactos para a floresta ao longo da estrada. “O que mais me preocupa em relação à questão ambiental são as áreas de florestas públicas sem destinação. Essas áreas podem ser invadidas. Mas com uma boa fiscalização, a gente consegue, sim, manter a preservação”, destacou o ambientalista.
O deputado Sinésio Campos pontuou a sinalização do governo federal para o avanço das obras na BR-319. “Existe uma adesão política do presidente Lula em realizar o asfaltamento, tendo em vista a criação de um grupo de trabalho, chamando Ministério do Meio Ambiente, DNIT, órgãos ambientais que licenciam e aqueles que vão executar. Existe a adesão do governo federal em fazer os 400 quilômetros do trecho do meio”, afirmou Sinésio.
Grupo de Trabalho
O governo federal criou um Grupo de Trabalho, em novembro deste ano, que discutirá as soluções para a BR-319. O grupo é composto por integrantes de secretarias executivas do Ministério dos Transportes, do DNIT e da empresa pública Infra S.A.
Entre as competências da equipe, que se reunirá a cada 20 dias, estão: realizar levantamentos sobre a situação atual da rodovia, com foco na identificação de desafios para a otimização rodoviária; analisar estudos técnicos e científicos, projetos e relatórios produzidos por outros grupos que já tenham tratado do tema; acompanhar o licenciamento ambiental da BR-319; propor medidas para a melhoria da infraestrutura, entre outras.
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