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População de quelônios em reserva extrativista no Amazonas aumenta 99% em seis anos
Soltura de quelônios na Reserva Extrativista do Rio Gregório (Walben Júnior/Sema)
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10 de janeiro de 2024
Da Revista Cenarium Amazônia*
MANAUS (AM) – Realizado ao longo de seis anos, o trabalho de monitoramento de quelônios na Reserva Extrativista (Resex) do Rio Gregório já contabiliza resultados expressivos para o aumento da população das espécies. Desde 2018 até 2023, a quantidade de filhotes soltos na natureza aumentou 99,2% na Unidade de Conservação (UC).
O trabalho de monitoramento de quelônios na Resex é realizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), junto a Agentes Ambientais Voluntários (AAV) capacitados pela pasta e comunitários. Na primeira soltura, em 2018, 800 quelônios foram devolvidos à natureza. Em 2020, o número já chegava a 2.352 filhotes.
Na última soltura, realizada entre os dias 25 e 30 de dezembro de 2023, o número de quelônios chegou a 6.026, entre filhotes de tracajás, iaçás e tartarugas-da-Amazônia. O recorde é a prova de que o trabalho realizado junto às comunidades tem alcançado o seu principal objetivo, segundo o gestor da Resex do Rio Gregório, Walben Júnior.
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“Esse é um trabalho de extrema relevância, porque mobiliza todas as comunidades pela conservação das espécies de quelônios que são extremamente ameaçadas pela captura ilegal, tanto dos animais como dos seus ovos. O aumento dessas populações proporciona uma cadeia de outros benefícios para o meio ambiente e para outros animais, resultando em uma maior conservação da biodiversidade ao longo de todo o Rio Gregório de modo geral”, destacou.
A soltura dos quelônios no fim do ano é fruto de um trabalho que começa em meados de junho, quando Agentes Ambientais Voluntários e monitores percorrem os tabuleiros nas praias à procura das covas onde as fêmeas depositam seus ovos durante a descida dos rios.
Quando localizadas, as covas são demarcadas e monitoradas até a eclosão dos ovos. Após o nascimento, os filhotes são realocados em tanques, onde permanecem por mais 60 dias, até atingirem um tamanho ideal para serem soltos na natureza em segurança. A quantidade de filhotes da última soltura surpreendeu a todos, de acordo com Walben.
“Tivemos uma intensa estiagem que afetou o nosso rio, mudando a dinâmica de desova e antecipando o nascimento de vários filhotes. Pensávamos que teríamos uma baixa no número de bichos, em relação ao ano passado, mas, para a nossa surpresa, tivemos um número que superou as expectativas, o que evidencia a consolidação desse trabalho”, completou.
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