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Professora assediada no Ifam publica carta de agradecimento; CENARIUM é citada
Alunos do Ifam manifestam em favor da professora Érica Mafra, que foi assediada na instituição (Reprodução/Internet)
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30 de novembro de 2022
Mencius Melo – Da Revista Cenarium
MANAUS – A professora Érica Mafra, docente do Instituto Federal do Amazonas (Ifam-Campus Manaus), que denunciou assédio sexual por parte de um colega de trabalho, ocorrido em 25 de setembro de 2020, leu uma carta de agradecimento a jornalistas e veículos de imprensa que deram apoio à causa da docente. A leitura do documento aconteceu durante reunião onde a direção do Ifam cobrava explicação de alunos que participaram de um ato de protesto de apoio à professora, na semana passada.
Em um dos trechos, Érica agradeceu à REVISTA CENARIUM pela reportagem publicada no último dia 11. Na matéria, a professora relatou o evento da qual foi vítima durante a pandemia. No recente vídeo gravado, no qual foi lida a carta, a docente afirma estar diante da direção do Ifam-Campus Manaus. A reunião, diz a professora, foi convocada para dar “uma prensa” nos alunos que participaram do protesto em frente à instituição.
“Gostaria de agradecer a iniciativa dos alunos em promover trabalho árduo ao se mobilizar para prestar apoio às vítimas e esclarecer à imprensa os motivos de nossas denúncias. Agradeço ao Ministério Público Federal (MPF), à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em especial, ao Dr. Lino Chíxaro, sobre os esclarecimentos do crime de prevaricação… professor Caupolican Padilha, da Comissão de Direitos Humanos da OAB… agradeço aos alunos… à Rede BandNews…CENARIUM…”, destacou Érica Mafra.
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Rede de apoio
Ao final da carta, Érica agradeceu, ainda, os apoios que vêm recebendo nas redes sociais. “Em especial, agradecimento a todas as pessoas que escreveram mensagens de apoio e motivação, nas redes sociais, também denunciando professores desse instituto. Eu não esperava essa reação, visto que, nos últimos dois anos, meus colegas de trabalho me hostilizaram. Lamento que o diretor, pessoa que eu tanto admirava, tenha usado de má-fé… Para que eu perdesse prazo legal de ingressar com ação judicial“, desabafou Érica Mafra.
Sobre sua condição de denunciante, ela acrescentou: “Eu acredito na Justiça, no trabalho da polícia, assim como no apoio da sociedade. A indignação nos move, não nos calaremos diante deste crime que ocorre dentro dos muros deste instituto. A investigação corre em sigilo, assim como o processo judicial. Não darei mais detalhes sobre o processo. Está na Justiça“, finalizou Mafra.
Entenda o caso
A professora de inglês Érica Mafra, do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), em Manaus, usou as redes sociais na sexta-feira, 11 de novembro, para divulgar um vídeo em que acusou um colega de trabalho por assédio sexual nas dependências da instituição. No vídeo, ela contou detalhes da abordagem que sofreu no dia 25 de setembro de 2020, durante a pandemia.
Na gravação, Érica relata que, à época, denunciou o caso ao diretor do Campus Ifam, no Centro, e “todos os superiores”. Mafra detalhou que também levou o caso ao Ministério Público Federal (MPF) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na gravação, ela acusou o silêncio da instituição após a denúncia levada à reitoria. O comportamento de colegas de trabalho e gestores causou indignação na docente.
Ainda durante o vídeo, Érica Mafra acusou a reitoria do Campus Ifam Manaus Centro de fazer pouco caso sobre o assunto. “Melhor procurar a Procuradoria-Geral para ver se há necessidade de abrir um processo…”, relatou a professora. Na sequência, ela foi orientada a pôr “panos quentes” no assunto.
“Deixa isso para lá, isso não vai dar em nada…”. Visivelmente determinada, a professora do Ifam declarou que, ao tomar postura omissa, a direção “senta no banco dos réus, junto com o meu assediador”. “Eu não vou parar enquanto não se tornar público”. “Compartilhem o máximo esse vídeo”, pediu ela.
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