Vereadores de Manaus vão esperar definição de candidatos para trocar de partido

À esquerda, vereador Joelson Silva, no centro, vereador Raiff Matos; e vereador Wallace Oliveira, à direita (Composição de Mateus Moura/Revista Cenarium)
Jefferson Ramos – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – Vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) aguardarão a formação de coligações e chapas majoritárias para a Prefeitura antes de mudarem de partido. O prazo para a troca de sigla inicia em 7 de março e segue até 5 de abril.

Nas eleições deste ano, os eleitores votarão para vereador e prefeito. Na prática, os vereadores trocam de partido em busca de siglas que tenham mais tempo de televisão e fundo eleitoral, visando garantir a reeleição.

À REVISTA CENARIUM, o ex-presidente da CMM durante a gestão do ex-prefeito Arthur Neto, vereador Joelson Silva (sem partido), afirmou que a escolha partidária dele dependerá de como as coligações majoritárias serão moldadas.

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Joelson Silva, pastor evangélico da Igreja Assembleia de Deus no Amazonas (Ieadam), é governista e deve escolher uma sigla que integra o guarda-chuva do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que busca a reeleição em outubro. Joelson era do Patriota, que se fundiu ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro).

Vereador Joelson Silva (Divulgação/CMM)

“Pertenço à base do prefeito. A minha preferência é ir para um partido que seja da base do prefeito, mas não garanto que vou conseguir isso. Hoje não sei quais são os partidos que estão na base do prefeito. Quem hoje é da base não sabe quais são esses partidos que vão caminhar. Temos a certeza que ele é do Avante, o DC que é muito próximo dele e o MDB, além do Agir”, declarou.

David Almeida foi eleito em 2020 na coligação Avante Manaus, composta por Avante, Partido da Mulher Brasileira (PMB), PTC, PRTB, Partido Verde (PV), Democratas (DEM) e Progressistas (Pros). Desde então, o PTC passou a se chamar de Agir, PRTB ensaia distanciamento do prefeito e o DEM se fundiu ao PSL formando o União Brasil, partido do governador Wilson Lima.

O vereador Raiff Matos (DC), que se classifica como independente, reconheceu que a condição do Democracia Cristã dificulta reeleição. Ele afirmou que a sigla não recebe fundo eleitoral, mas a depender da formação de chapa a sigla pode se fortificar.

Referente à estrutura financeira, existe essa dificuldade no DC, mas precisamos esperar um tempo para saber como será a formação da chapa e ter uma ideia se o partido terá condições de eleger três vereadores ou dois vereadores”, contou.

Vereador Raiff Matos (Divulgação/CMM)

O vereador Wallace Oliveira, também do DC, disse que a princípio pretende permanecer no partido. Ele adicionou que na política tudo pode mudar e, até o final do prazo, pode mudar de opinião. “Pretendo continuar onde estou. Porém, o prazo final é início de abril. Na política, tudo pode mudar. Não descarto nada”, complementou.

Vereador Wallace Oliveira (Divulgação/CMM)
Coligações

As coligações em eleições proporcionais estão proibidas desde a promulgação da Emenda Constitucional 97, de 2017. À época, entendeu-se que as coligações proporcionais distorciam a vontade do eleitor ao eleger candidatos com orientações políticas diferentes daqueles escolhidos, além de aumentar a fragmentação partidária e dificultar a governabilidade.

A coligação ainda existe para cargos majoritários, como senador, presidente, governador e prefeito. A vantagem da coligação é que a aglutinação das siglas dá mais tempo de televisão e recursos do fundo eleitoral.

Leia mais: Eleições: ‘janela partidária’ abre e deputados têm até 1º de abril para trocarem de partidos

Editado por Jefferson Ramos

Revisado por Gustavo Gilona

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