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Conheça obras infantis que ensinam prevenção ao abuso sexual de forma lúdica
É possível (e recomendado) começar a abordar o assunto desde cedo (Reprodução/Internet)
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09 de maio de 2023
Da Revista Cenarium*
SÃO PAULO – Falar com os filhos sobre assuntos dolorosos como o abuso sexual exige coragem, mas é uma medida tão importante para prevenir esse tipo de violência que vale a pena driblar o desconforto e encarar essa conversa. Felizmente, é possível contar com a ajuda de livros, vídeos e outros materiais que ensinam proteção às crianças com linguagem e conteúdo adequados para cada faixa etária.
É possível (e recomendado) começar a abordar o assunto desde cedo. “Abordar a prevenção de forma educativa e lúdica é uma estratégia para introduzir, aos poucos, questões como a importância do consentimento da criança para qualquer aproximação, o direito que ela tem em dizer não, caso não se sinta confortável em alguma situação e conceitos de integridade corporal, intimidade, sentimentos e tipos de toques de carinho e abusivos”, afirma Laís Peretto, diretora-executiva da Childhood Brasil.
A Folha pediu recomendações de obras e links para a Childhood e para outras três instituições que lidam com essa temática — Instituto Liberta, Unicef e Plan International. Veja a seguir as sugestões:
Não me toca, seu boboca! Andrea Taubman (Editora Aletria)
Uma história delicada, contada de forma lúdica e com rimas, por meio da jornada de Ritoca e seus amigos para escapar de uma situação difícil. Sugerido para crianças de 4 a 8 anos.
Pipo e Fifi Caroline Arcari (Editora Caqui)
Explora a diferença entre toque afetivo e toque abusivo, de forma compreensível, para crianças bem pequenas (a partir de 3 anos). A autora tem vários outros livros publicados sobre consciência corporal e prevenção de violência sexual — entre eles, “Que legal o abraço de Cacau” e “Ceci Tem Pipi?”.
Conta a história de Adriana, uma menina triste que tem um segredo e muda sua vida para melhor ao seguir o conselho de sua amiga Alice. Sugerido para crianças a partir de 6 anos.
Um livro bonito e divertido que aborda integridade física, privacidade e proteção, com ensinamentos sobre partes íntimas, o poder de dizer não e a importância do diálogo com um adulto de confiança. Sugerido para crianças de 4 a 6 anos.
Tuca e Juba – ensinando consentimento para adolescentes Julieta Jacob (Editora Caqui)
Voltado para adolescentes e crianças maiores (a partir de 12 anos), o livro convida a pensar sobre consentimento, autoestima e relações saudáveis, com uma linguagem visual voltada para a geração que nasceu na internet e nas redes sociais.
Leila Tino Freiras e Thais Beltrame (Editora Abacatte)
Conta a história de Leila, um filhote de baleia jubarte que vive assombrada pelo assédio de seu vizinho, o Barão, até que um dia encontra a sua voz para se libertar do constrangimento e do medo. Recomendo para crianças a partir de 8 anos.
O poder de me proteger Mariana Motta (LC Editorial)
O livro traz quatro histórias para crianças e um guia para os adultos, estimulando o diálogo entre pais e filhos sobre conceitos como consentimento, limites corporais, partes íntimas, toques seguros e inseguros, segredos e confiança.
Gogô, de onde vêm os bebês? Caroline Arcari (Editora Caqui)
Conta a história de Gogô, uma cegonha que ensina aos pequenos leitores conceitos sobre a origem dos bebês e valores como respeito, consentimento e maturidade. Sugerido para crianças a partir de 5 anos.
Sabe – Conhecer, aprender e proteger A página do Ministério dos Direitos Humanos traz 11 vídeos com contação de histórias que ensinam crianças a se proteger contra a violência sexual. Entre os títulos, “Pipo e Fifi”, “Que legal o abraço de Cacau” e “Edgar, Edgar, vou chamar o conselho tutelar”. Todas as histórias têm versão em libras.
Que corpo é esse? A série de animação, realizada pelo Canal Futura com o Unicef e a Childhood Brasil, aborda temas como a descoberta dos órgãos genitais e a proteção contra abusos por meio da história dos Vila Cesar, uma família brasileira.
Defenda-se A série do Grupo Marista traz vídeos e publicações que ensinam autodefesa para meninos e meninas de 4 a 12 anos por meio de situações do dia a dia.
Instituto Liberta O site do Instituto Liberta, voltado para o enfrentamento da violência sexual, tem vídeos e materiais para crianças e adolescentes.
Eu me protejo O site, criado pela mãe de uma menina com síndrome de Down, traz livros para download e indicações de músicas, poemas, jogos, teatro de fantoches e vídeos gratuitos e acessíveis também para crianças com deficiência.
Trilha de empoderamento de meninas O projeto “Minhas Escolhas”, da Plan International com o Unicef, traz uma revista e um jogo que ajuda meninas a se sentirem empoderadas e a refletirem sobre seus direitos.
61,3% dos estupros registrados no Brasil são contra menores de 13 anos;
4meninas de menos de 13 anos são estupradas por hora no Brasil;
82% dos abusadores são conhecidos da vítima;
76,5% dos casos acontecem dentro de casa – 1%, na escola;
85,5%das vítimas são do sexo feminino;
4 a 8 anos é a faixa etária da maioria dos meninos vítimas de violência sexual;
10 a 14 anos é a faixa etária da maioria das meninas vítimas dessa violência;
10% dos casos são denunciados, segundo estimativas;
3.651 pontos de exploração sexual infantil foram mapeados no Brasil em 2020.
Fontes: Anuário Brasileiro de Segurança Pública; Childhood; Instituto Liberta.
A causa “Da repressão à prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes” tem o apoio do Instituto Liberta, parceiro da plataforma Social+.
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